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Irmão de MC Gui morreu após overdose de cocaína, diz laudo da perícia

Do UOL, em São Paulo

26/01/2015 00h18Atualizada em 27/01/2015 11h38

O resultado de um laudo oficial da perícia informa que o irmão do funkeiro MC Gui, Gustavo Castanheira, morreu aos 17 anos de overdose de cocaína. O garoto faleceu em abril do ano passado. “Nenhum pai espera por isso. É um choque! Na verdade, você espera uma coisa e vem outra", disse Rogério, pai do garoto, por telefone ao UOL. "Ficamos muito surpresos [com o resultado da perícia]. Não tinha conhecimento que ele usava droga", completou. 

Segundo o laudo, Gustavo Castanheira fez uso prévio de cocaína e teve morte súbita em decorrência de insuficiência respiratória aguda. Não houve o uso de bebida alcoólica.

"Quando eu vi escrito no laudo 'cocaína', eu, sinceramente, entrei em choque. Não dá para acreditar", disse Cláudia, mãe de Gustavo em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo. "Eu já tinha o visto usando maconha. Eu brigava com ele, e ele me obedecia. Jogava [o cigarro] fora", disse MC Gui, que afirmou ainda desconhecer que Gustavo o usasse outros tipos de drogas, como cocaína.

"Nunca imaginei enterrar o meu filho tão cedo. As drogas o levaram. Levou um menino lindo, saudável. Deus foi muito injusto comigo porque não me deu a oportunidade para ajudar ao meu filho", disse a mãe, aos prantos.

"Quando eu sinto saudades, eu choro quieto, só que eu me seguro. [A mensagem que deixo] é pensamento positivo e jamais se envolver com drogas porque você tem uma vida maravilhosa pela frente", declarou Gui.

Gustavo Castanheira morreu no dia 21 de abril de 2014, depois de dar entrada no Hospital Municipal do Jardim Iva (zona leste de São Paulo). À Record, a mãe do garoto, Cláudia, declarou que, pouco tempo depois de chegar ao hospital, os médicos disseram que nada mais poderia ser feito.

MC Gui soube da morte do irmão quando chegava de uma série de três apresentações em Jarinú, Tatuí e Sorocaba, no interior de São Paulo. Gui e o pai dos jovens, Rogério, afirmaram que Gustavo já havia se queixado de dores no peito e cansaço, mas que as dores eram leves e passavam com o uso de medicamentos. Gui disse que recebeu mais de dez ligações de Gustavo na madrugada de segunda. "Quando atendi, ele disse que me amava muito. Uns 15 minutos depois ele morreu", contou.