Antigos amigos do Negritude Jr. divergem na Justiça há anos

A guerra travada entre Netinho e os integrantes do Negritude Jr. não é de hoje. Desde que saiu do grupo em 2001 por desentendimentos, os antigos amigos de infância se enfrentam na Justiça.

O caso ficou mais complicado pelo fato da banda ser uma empresa. Hoje, tanto a marca quanto a banda são compostas apenas por Claudinho, Nenê, Feijão e Ari.

Em 2007, o grupo pediu para que Netinho deixasse de usar o nome Negritude Fashion Hair em uma rede de salão de beleza. “Os salões usavam o mesmo logo da banda, e nós éramos cobrados pela empresa, mesmo não tendo nenhuma ligação com ela”, conta Nenê. O processo deu causa ganha para a banda.

Mais recentemente, em 2013, os músicos voltaram a divergir quanto ao nome do novo grupo de Netinho, que ele havia acabado de montar com os integrantes recém-saídos do Negritude Jr, Lino, Fabinho e Wagninho. A ideia era chamar-se Negritudeando. “Isso nos prejudicaria e geraria muita confusão entre os contratantes e o público”, defende Nenê.

A justiça determinou, através de uma liminar, a proibição do nome, e o grupo passou a se chamar Família Cohab City. O processo ainda está em trânsito na 22ª Vara Cível do Fórum João Mendes Júnior, em São Paulo.

Na mesma época, Nenê conta que Netinho procurou a banda para voltar à formação original. “Ele mencionou isso em visita na casa do Feijão. A gente achou a proposta oportunista, porque tinha o prazo de 1 ano. Analisamos friamente e, tecnicamente, depois de um ano, ele estaria concorrendo a deputado nas Eleições. Percebemos que era uma proposta eleitoreira”, conta.

Ainda na estrada, o Negritude Jr. vem fazendo shows e encontrou um novo público. Embora Netinho diga que mágoas e falácias tenham causado o desentendimento entre eles, Nenê garante: “Somos vistos como pessoas com raiva e mágoa, mas somos muitos tranquilos. Desejamos boa sorte para eles”.