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Com efeitos visuais e pirotecnia, Slipknot cresce em show solo em São Paulo

José Norberto Flesch

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/09/2015 04h22

Os músicos do Slipknot parecem personagens saídos do filme "Mad Max", a banda usa efeitos visuais e abusa da pirotecnia. Tudo isso junto funciona para construir uma apresentação cheia de energia, como visto no show que o grupo americano fez neste domingo (27), no Anhembi, em São Paulo.

Formado há cerca de 20 anos, o Slipknot atualiza o conceito de rock horror. Fica todo mundo mascarado no palco enquanto guindastes içam e giram os percussionistas enquanto eles tocam. Ao mesmo tempo, labaredas tomam o fundo e por vezes as laterais do palco. As muitas informações visuais, apresentadas todas de uma vez, montam um espetáculo que prima pela diversão e combina com a performance sonora da banda.

Como fez no Rock in Rio, na sexta (25), o Slipknot abriu com "Sarcastrophe", e emendou com "The Herethic Anthem" e "Psychosocial". A visita anterior do grupo ao Brasil também foi para um festival, o Monsters of Rock de 2013, mas a impressão que fica é que em show solo, com público que foi lá só para ver o grupo, o Slipknot cresce.

No domingo (27), o vocalista Corey Taylor aproveitou a situação para tentar conquistar a plateia também com palavras. "Não há nada mais importante para mim do que ouvir as vozes de vocês gritando", disse. Mais adiante, incentivou a histeria. "Tenho certeza que vocês estão entre as três melhores plateias de shows do Slipknot no mundo, mas agora terão a chance de ir para casa com o troféu de melhor público", falou o cantor, antes de "Duality".

Foram 17 músicas e 1h45 de show, e a intensidade da apresentação do Slipknot continua impressionante.

Abertura

O Mastodon, que abriu o show do Slipknot, só conseguiu tocar sete músicas e durante 30 minutos. A forte chuva que caiu no Anhembi no momento em que a banda americana estava no palco fez com que a equipe do grupo decidisse acabar a apresentação antes do previsto. Ainda assim, deu tempo de ouvir versões vigorosas de "Blasteroid"  e "Chimes at Midnight".
 

11 Comentários

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Rodrigones

Rossoni, o fato de eu não gostar de Slipknot, que é uma banda medíocre, não significa que eu ouça Calipso, ou outros lixos do gênero. Gosto de rock 'n' roll de verdade, de bandas boas de verdade, o que não é o caso do Slipnot

Adler Davidoff

O mundo virou de ponta cabeça. àquilo que algum tempo atrás era horrendo e assustador, como àquela cantiga de niná: "boi boi boi boi de cara preta, pega essa criança que tem medo de careta", hoje já não assusta mais. As pessoas perderam o limite das coisas, a arte perdeu o sentido de belo, para se tornar o horror. Mas, tudo o que o homem faz e apresenta é aquilo que ele é na verdade. O cantor, o poeta, o dramaturgo, expressa sua alma. Estes cara aí expressam suas almas; mas é preciso considerar uma coisa: ele não está só neste palco. Há um cumplicidade de aceitação e euforia, portanto, a parcela dos que comungam com esse horror é significativa para se afirmar assim está a humanidade, sobremodo a carioca. Eis o coletivo inconsciente projetado num ser que só de olhar causa repulsa aos neuróticos, contudo deleite aos psicóticos. Odioso, repugnante, péssimo. Depois, esse fantasma aparece na praia do Leblon em arrastões.

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