Michel Teló compara palco problemático do Brahma Valley com Pantanal

Garoto de ouro da música sertaneja, Michel Teló colocou o público do festival Brahma Valley, que aconteceu neste domingo (29) no Jockey Club de São Paulo, para dançar. Mas não foi tão fácil assim.

O primeiro desafio foi a localização do palco, o menos prestigiado do festival e o mais distante das principais estruturas. O local virou uma espécie de pântano, inteiramente ladeado pela lama. "Sou lá do Mato Grosso do Sul, e, para vocês estarem aqui nesse Pantanal, é bruto demais", disse o cantor, logo no início do show. 

O segundo entrave foi algo que parece ser o prazo de validade de Teló. Ele continua sendo um artista popular, mas sem nada perto do frisson de quatro anos atrás, quando "Aí, Se Eu te Pego" dominou paradas de sucesso do mundo todo.

Sem estourar uma música há mais de três anos, ele acabou relegado ao palco Sound. Mas quem permaneceu na lama não se decepcionou. O público, em número discreto, não parou com "Ai, Se Eu te Pego" nem "Fugidinha", seus dois grandes sucessos.

No fim da apresentação, a funkeira Ludmilla subiu ao palco para cantar "Hoje" e "Não Quero Mais", duas músicas de seu repertório. A balada incrementada com músicas pop deu caldo, assim como as músicas sanfoneiros do antigo grupo de Teló, o Tradição, e as versões de "Menino da Porteira" e "Saudade da Minha Terra".

"O Teló vai continuar fazendo sucesso. Ele substituiu muito bem o Daniel no "The Voice", e essa exposição ajuda muito no sucesso", disse o montador de móveis Eider Nascimento, 29. "Mas, outra 'Ai, se Eu te Pego', não vem de outro cantor nem nos próximos dez anos."