Iron Maiden faz 11ª turnê no Brasil; por que ir ao show ainda vale a pena
Se você gosta de heavy metal e tem o hábito de frequentar shows internacionais, dificilmente você já não viu o Iron Maiden ao vivo. O sexteto inglês, que se apresenta em São Paulo neste sábado (26) no Allianz Parque, já está em sua 11ª turnê no Brasil. Entre as bandas grandes, é a segunda mais assídua no país, perdendo apenas para o Megadeth.
Tamanha dedicação aos seguidores brasileiros, que teve início no primeiro Rock in Rio, em 1985, também tem seu lado ruim —ou ao menos, desafiador. Como apresentar um espetáculo que não seja minimamente parecido com os antecessores? Praticamente impossível.
Essa é uma crítica que, para muitos, também se estende aos discos mais recentes da banda, já descritos como meras derivações dos clássicos moldados pelo baixista e líder Steve Harris, principalmente nas últimas duas décadas.
Apesar das eventuais ressalvas, o fato é que assistir ao Iron Maiden ainda vale a pena. E são vários os motivos. Um deles é poder testemunhar parte considerável da história do rock pesado, além de conferir a performance sempre digna de nota dos integrantes.
Veja abaixo por que você ainda pode ir a show da banda sem medo ser feliz.
1. Desempenho exemplar
Você pode até não gostar de metal clássico, ou simplesmente achar o estilo do Iron Maiden caricato e infantil, mas é impossível tecer uma vírgula sobre o desempenho do grupo no palco. As faixas são executadas com energia e peso, reproduções quase perfeitas do que se ouve nos discos. Além disso, assistir à apresentação em uma grande arena como o Allianz Parque ver a banda em seu habitat natural.
2. Clássicos do metal
“Iron Maiden”, “The Trooper”, “Powerslave”, “Hallowed Be Thy Name”, “The Number of the Beast”, “Wasted Years”, “Fear of the Dark”. Todos esses hinos do heavy metal estão no setlist da The Book of Souls World Tour, que ainda guarda a cereja de bolo “Children of the Damned”. Ela que é uma das favoritas dos fãs do álbum “The Number of the Beast” e nem sempre costuma pintar nos shows.
3. Músicas novas
Das últimas quatro passagens do Iron Maiden pelo Brasil , três —em 2008, 2009 e 2013— tiveram repertório baseado em discos dos anos 1980. Ou seja, se você está com saudade de ouvir músicas mais recentes, a hora é agora. Do álbum “The Book of Souls” (2015), a banda deve tocar seis: “If Eternity Should Fail”, “Speed of Light”, “Tears of a Clown”, “The Red and the Black”, “Death or Glory” e a faixa-título. De “brinde”, ainda vem a épica “Blood Brothers”, do disco “Brave New World” (2000).
4. Voz de Dickinson
O desavisado que vê Bruce Dickinson se esgoelando no palco, com seu potente vocal de “sirene de ataque aéreo”, pode não imaginar, mas há apenas um ano ele lutava contra um câncer. Diagnosticada em estágios iniciais, na parte posterior da língua, a doença já não faz mais parte do dia a dia do vocalista, que no ano passado se submeteu a sessões de quimioterapia e radioterapia. Apesar disso, o registro de Bruce, 57 anos, continua em forma.
5. Um Eddie “índio”
O boneco Eddie que sobe ao palco na turnê “The Book of Souls”, uma tradição da banda, é uma reprodução fiel da ilustração da capa do álbum, criada pelo artista Mark Wilkinson. Com quase quatro metros de altura e adornado com temáticas tribais, o mascote agora carrega um machado e tem movimentos mais realistas do que de costume. Vale ficar de olho quando ele aparecer durante a execução de “The Book of Souls”.
6. Palco inspirado na cultura maia
Assim como Eddie e o álbum "The Book of Souls", o palco do novo show do Iron é inspirado na cultura da civilização maia. E isso quer dizer uma parte cênica especialmente caprichada. Há labaredas, tochas, luzes frenéticas, uma imensa reprodução da cabeça do mascote, além de inscrições e imagens do Templo de Kukulcán, no México. E há fumaça. Muita fumaça. Se você gosta de prestar atenção nos detalhes extramusicais, a apresentação promete ser um prato cheio.
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