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"Virada da Crise" teve cachês mais modestos; Palavra Cantada faturou mais

Sandra Peres e Paulo Tatit, do Palavra Cantada, comemoram seus 20 anos de carreira em show neste domingo (19), em Curitiba. Ingressos a partir de R$ 66. - Divulgação
Sandra Peres e Paulo Tatit, do Palavra Cantada, comemoram seus 20 anos de carreira em show neste domingo (19), em Curitiba. Ingressos a partir de R$ 66. Imagem: Divulgação

Jotabê Medeiros

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/06/2016 12h01Atualizada em 14/02/2023 16h01

Os cachês dos artistas que se apresentaram na Virada Cultural deste ano se mostraram mais modestos em relação a 2015, conforme publicados no Diário Oficial do Município. E, no ano passado, já haviam sofrido um encolhimento em relação a 2014. Individualmente, os valores mais robustos giraram numa média de R$ 50 mil, raramente chegando aos R$ 100 mil ou R$ 80 mil —como os de Fábio Júnior, Ludmilla, Lenine e Daniela Mercury no ano passado.

Apenas uma das apresentações de um artista individual atingiu o teto de Caetano Veloso em 2015 (R$ 150 mil): o cantor Ney Matogrosso, que cobrou R$ 148 mil pela apresentação no Palco Júlio Prestes. Alguns grupos, como o Palavra Cantada, incluíram a apresentação na Virada Cultural dentro de um pacote de apresentações contratadas pela Secretaria Municipal de Cultura —o lote acabou sendo o mais polpudo da temporada, custando R$ 167 mil por uma série de shows.

Muitos artistas emergentes ocuparam os palcos este ano, com bons resultados de público e shows elogiados, como os de Liniker e Johnny Hooker. Nessa faixa, Emicida foi soberano, com cachê de R$ 70 mil, incluindo toda sua banda. Criolo foi o segundo mais bem pago, com R$ 55 mil, seguido da cantora Liniker (R$ 28 mil). Rashid, com R$ 23 mil, a big band banda Aláfia (R$ 10 mil), o rapper Dexter (R$ 9 mil) e o cantor Johnny Hooker (R$ 8 mil) completam esse time.

Nas faixas intermediárias, Elba Ramalho cobrou R$ 77 mil. Ângela Maria, R$ 50 mil. Roberta Miranda ganhou R$ 49 mil. Erasmo Carlos, R$ 39 mil. Beto Barbosa, R$ 33 mil. Wanderlea, R$ 30 mil. E Bebeto, R$ 26 mil. A banda oitentista Plebe Rude cobrou R$ 23 mil. E Mano Brown, R$ 55 mil.

O cachê da Virada tem uma excepcionalidade em relação a um show tradicional porque, em geral, é uma apresentação ao ar livre para grande público. A maior parte dos cachês envolve o pagamento de toda a banda do artista, então o que o artista de fato recebe é menor do que o publicado no Diário Oficial.

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de São Paulo informou que alguns desses cachês foram pagos para mais de um show, como foram os casos de Emicida, Mano Brown, Elba Ramalho e o Palavra Cantada. Segundo a assessoria, 72% da programação da Virada Cultural deste ano foi selecionada a partir de um edital de chamamento público aberto no início de 2016.