Topo

"Não uso drogas há mais de um ano", diz MC Bin Laden após pedido de exame

Do UOL, em São Paulo

25/07/2016 00h25

O funkeiro paulistano MC Bin Laden disse que teve visto de trabalho negado para entrar nos Estados Unidos após o "pedido de última hora" de um exame toxicológico feito pelo consulado americano. Segundo o músico, o próprio consulado indicou a clínica onde seria realizado o teste.

"Apareceu um exame de última hora, que era o exame anti-drogas", disse ele, em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo. "A gente começou a ligar e a ligar [para a clínica], mas a moça [que nos atendeu] disse que não era mais para fazer o exame e foi quando recebi a notícia que não viajaria mais para Nova York. Eles quiseram me barrar", acusou.

A reportagem ouviu alguns especialistas, que afirmaram que esse tipo de exame não é comum para a expedição de vistos.

Questionado, Bin Laden contou que "já usei drogas e já bebi", mas "não tenho vergonha de falar". Ele garantiu, no entanto, que não usa drogas nem bebe há mais de um ano.

Em relação ao seu nome artístico, outro possível motivo para ter o visto negado, Bin Laden disse. "Eu falei para eles [do consulado] que os meus hits, que as minhas músicas, que são conhecidas, não são referentes ao [terrorista] Bin Laden [morto pelas forças especiais americanas, em maio de 2011]. O nome não caracteriza nem o meu estilo de trabalho", se defendeu.

Bin Laden disse que já pensou em trocar o nome artístico. "Mas eu acho, assim, que [ao trocar] estaria deixando todo aquele público que eu conquistei", alegou.

O funkeiro paulistano MC Bin Laden teve o pedido de visto negado pelo consulado americano na última quarta-feira. O MC paulistano iria viajar para Nova York, onde seria uma das atrações do festival de música Warm, organizado pelo MoMA (Museu de Arte Moderna) e que revela novos talentos. ´

Em contato com a reportagem da TV Globo, o consulado americano disse que "não comenta casos específicos" e que "não existem regras que impeçam um país de solicitar o exame anti-drogas".