Sharon Jones sofreu derrame acompanhando eleição de Trump, diz músico
A cantora americana Sharon Jones, que morreu aos 60 anos na última sexta, teve um derrame dez dias antes de falecer, enquanto assistia à apuração da eleição à presidência dos EUA, vencida pelo republicano Donald Trump.
A informação foi revelada pelo baixista e produtor Gabriel Roth, que acompanhava a cantora na banda The Dap-Kings, ao jornal "Los Angeles Times".
Um dos principais nomes da nova geração da soul music, Sharon Jones anunciou em 2013 que tinha câncer no pâncreas, que posteriormente espalhou-se para o fígado.
Segundo o músico, Sharon passou mal e foi encaminhada a um hospital de Cooperstown, em Nova York, no último dia 8, ficando incapaz de movimentar uma perna.
No dia seguinte, ela sofreu um novo derrame, morrendo pouco mais de uma semana depois. "Ela contou às pessoas [do hospital] que foi Trump que causou o derrame", disse Gabriel Roth.
"Ela estava lutando contra o câncer havia alguns anos, e havia muitas coisas acontecendo com ela. Mas o que a pegou nas últimas semanas foi que ela teve um derrame na noite das eleições", afirmou Roth.
Última visita ao Brasil
Em entrevista ao UOL em maio do ano passado, quando veio ao Brasil em turnê para divulgar o álbum "Give the People What They Want", a cantora revelou que estava se sentindo bem, mesmo sem saber se estava curada após se submeter a uma cirurgia a laser meses antes.
"Agora, falando com você, digo que estou me sentindo bem. Ainda preciso voltar ao médico, para ver o resultado, em junho. Eles vão me dizer o que preciso fazer. Agora, sinceramente, só penso em cantar e não ter mais que fazer quimioterapia. Acho que vai ficar tudo bem", disse na ocasião.
Nascida na Georgia, Sharon Jones começou a carreira na década de 70 cantando em igrejas e shows locais.
Em 2002, aos 46 anos, depois de inúmeras frustrações na música, conseguiu enfim lançar seu primeiro álbum e desde então fez participações em shows e discos de Lou Reed, David Byrne e Fat Boy Slim.
Antes da fama, a ela trabalhou como guarda na prisão Rikers Island, em Nova York.
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