Na Bahia, Roberto Carlos se atrapalha em música com JLo e ganha presentes
Após 12 edições em alto mar, o Projeto Emoções, de Roberto Carlos, trocou o cruzeiro por um resort luxuoso na praia do Forte, na Bahia. Na primeira noite de apresentações, nesta quarta-feira (15), o cantor brincou com o novo local e disse ao público que estava “em terra firme”.
Para os três shows que Roberto fará na Bahia, a produção do evento construiu uma enorme tenda com capacidade para mais de 900 espectadores. Em tons de azul, o ambiente lembrou o palco no navio em que o cantor se apresentou nos anos anteriores.
A seleção de músicas permaneceu quase inalterada. Conservador, Roberto abriu o show com “Emoções” e fechou com “Jesus Cristo”, como manda a tradição. A principal mudança foi a inclusão da recém-lançada “Chegaste”, parceria com Jennifer Lopez , que entrou no lugar do hit “Proposta”.
Roberto, entretanto, parece que ainda está se acostumando a cantar sua nova música. Ele se atrapalhou com o playback de JLo, que aparecia em um telão, e interrompeu a apresentação. “Volta tudo que saiu tudo errado. Bobeei e não entrei no tempo certo. Para fazer, tem que fazer direito, cara”, se repreendeu, sendo aplaudido pelos fãs.
“Inferno” e presentes
“Quero que Vá Tudo pro Inferno”, que havia sido abolida pelo cantor havia mais de 30 anos como consequência de seu TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), também foi incluída. Roberto resgatou a música no cruzeiro de 2014 e voltou a cantar em seu especial na Globo, em dezembro. “Demorou, mas aconteceu. Foram muitas horas de terapia para cantar essa canção”, disse Roberto, aos gritos de “parabéns”.
Embora tenha superado “Inferno”, Roberto admitiu não ter a mesma vontade de cantar outras músicas, como “Lady Laura”, em homenagem à sua mãe, morta em 2010: “Hoje não posso dizer que canto com a mesma alegria nem com o mesmo amor, porque alegria é zero, nenhuma, e o amor também não é o mesmo, porque é cada vez maior”.
Na reta final, Roberto cantou em italiano “Tu Sei Cosi”, de Fred Bongusto, e “Champagne”, de Peppino Di Capri. Neste momento, garçons distribuíram taças de espumante para a plateia e Roberto brindou com o público. No encerramento, o cantor jogou mais de 100 rosas brancas e vermelhas e em troca recebeu presentes variados, de uma caixa com o nome “Chico Xavier” a uma imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Roberto abandonou outra tradição do cruzeiro. Além da mudança de local, o cantor dispensou a chegada triunfal em seu carro conversível, avaliado em R$ 800 mil. A produção considerou que trazer o veículo do Rio de Janeiro até a Bahia daria muito trabalho e pensou até em substituir por um helicóptero, mas desistiu da ideia.
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