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No Lolla, Duran Duran mostra que fonte original continua a ser tendência

O vocalista do Duran Duran, Simon, comandou a apresentação da banda no segundo dia de Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo - Keiny Andrade/Folhapress
O vocalista do Duran Duran, Simon, comandou a apresentação da banda no segundo dia de Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo
Imagem: Keiny Andrade/Folhapress

Tiago Dias

Do UOL, em Sâo Paulo

26/03/2017 17h53

No festival das tendências, os cinquentões do Duran Duran subiram ao palco Onix, neste segundo e último dia de Lollapalooza Brasil 2017, ostentando jaquetas e camisas coloridas e carregado de um arsenal hits dos anos 1980.

Afinal, a banda lançou moda na época tanto com os figurinos caprichados quanto na incursão da música eletrônica e dos sintetizadores no rock na longínqua década, uma inspiração para boa parte dos novos artistas que se apresentam nesta edição do festival, incluindo a brasileira Céu. A cantora, que mais cedo mostrou seu dançante "Tropix no palco Skol, dividiu os vocais com Simon Le Bon em "Ordinary World".

O público majoritariamente abaixo dos 30 anos cantou e dançou logo no início, com a sequência matadora "Wild Boys", "Hungry Like The Wolf" e "A View to Kill", e até ensaiou um passinho com o clima disco de "Notorius".

Carismático, Le Bon provou que manteve o gogó preservado --desconto para o escorregão no falsete que dividiu com Céu-- e tirou onda. Trocou de roupa no meio da apresentação e fingiu desfilar enquanto entoava a sexy "Come Undone" com duas backing vocals igualmente coloridas e elegantes.

Ciente da plateia mais jovem, a banda deixou o disco novo, "Paper Gods", de lado, talvez com medo de afugentar o público, mas nem precisava. Uma das poucas faixas da nova safra, "Pressure Off", com participação e produção de Nile Rodgers, foi recebida com empolgação e chuva de papéis picados.

No festival sempre atento as novidades, o Duran Duran mostrou que a fonte original continua a ser tendência.