Milhares fingem ter ido a show que sofreu ataque para ganhar ingressos
Milhares de pessoas fingiram ter ido ao show de Ariana Grande em Manchester, onde aconteceu um ataque terrorista, para obter ingressos gratuitos para um nova nova apresentação beneficente na cidade. As informações são do jornal britânico "The Independent".
De acordo com a Ticketmaster, que organiza a apresentação que acontece neste domingo, 25 mil pessoas reivindicaram 14.200 ingressos, isso significa que mais de 10 mil pessoas solicitaram tickets sem terem participado do show anterior.
O atentado terrorista suicida detonou uma bomba caseira ao final do show, no dia 22 de maio, na Manchester Arena, e deixou 22 pessoas mortas.
"Estamos trabalhando duro para entregar os ingressos diretamente aos fãs", disse a empresa. "Estamos cancelando os ingressos daqueles que estão tentando revender as entradas".
A empresa também vende a 40 libras as entradas para aqueles que não estavam na apresentação que sofreu o ataque. No entanto, há pessoas revendendo por 400 libras.
John Alesbury disse ao jornal Manchester Evening News que espera ir ao show com sua filha de 17 anos, mas até a tarde desta sexta ele ainda não havia recebido as entradas. Ele e a filha conseguiram escapar do atendado ao optarem por outra saída do estádio.
Além de Ariane Grande, o show terá as participações de Robbie Williams e seu grupo Take That, Black Eyed Peas, Katy Perry, Coldplay, Justin Bieber, Pharrell Williams e Miley Cyrus. O dinheiro arrecadado será destinado ao fundo de ajuda às famílias das vítimas dos atentados.
Os organizadores dos shows também estão sofrendo com sites não autorizados que vendem camisetas e acessórios para os shows. Por isso, a Universal Musica vem disparando vários comunicados que só ela e a empresa Bravado porem vender artigos cuja renda será destinada ao "Fundo de Emergência We Love Manchester", que ajudará as vítimas do ataque.
Nova detenção
A polícia de Manchester anunciou neste sábado a detenção de um homem de 24 anos no âmbito da investigação sobre o atentado de 22 de maio que deixo 22 mortos. Esta é a 17ª detenção no bairro de Rusholme, sudeste de Manchester.
Salman Abedi, britânico de origem líbia de 22 anos, detonou uma carga explosiva ao final de um show da cantora americana Ariana Grande na Manchester Arena.
O atentado, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), foi o mais violento no Reino Unido desde os ataques contra os transportes públicos de Londres em 2005, que deixaram 52 mortos.
Dos 17 detidos, 11 permanecem sob custódia e seis foram liberados.
Na quinta-feira, os investigadores de Manchester informaram que o trabalho avançava e explicaram que Salman Abedi "saiu do Reino Unido em 15 de maio e retornou no dia 18".
Uma fonte próxima à família disse à AFP que Abedi esteve na Líbia alguns dias antes do atentado.
A polícia da Alemanha informou que Abedi passou pelo aeroporto de Dusseldorf.
"Comprou componentes da bomba depois de seu retorno", disse Russ Jackson, um dos comandantes da polícia de Manchester.
O pai e um irmão de Salman Abedi foram detidos na Líbia, onde as autoridades os acusam de integrar o grupo Estado Islâmico.
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