John Mayer abre turnê em São Paulo com "parabéns pra você" e sarrada no ar
John Mayer está feliz. Quatro anos depois de sua primeira passagem pelo Brasil, o cantor e guitarrista norte-americano era só sorrisos no primeiro dos cinco shows que aconteceu na noite desta quarta (18), em São Paulo. Com seus 40 anos recém-completados e já comemorados em solo brasileiro (ele escolheu o Rio para aterrissar e celebrar a data), Mayer ouviu o coro de “parabéns pra você” em português logo no curto intervalo da primeira para a segunda música.
Os balões azuis e brancos apareceram antes, assim que as luzes se apagaram, um minuto antes de o cantor dar o ar da graça em um look bem mais discreto do que o florido que escolheu para viajar ao Brasil. Ele estava de jeans e camiseta preta.
É a primeira vez que John Mayer traz a turnê de “The Search For Everything” para a América Latina. Assim como adiantou em entrevista ao UOL, o show tem exatas duas horas divididas em quatro capítulos, pensado para agradar a "geração Netflix".
O formato funcionou. A maior parte do público presente no Allianz Park era de homens e mulheres na faixa dos 20-30 anos, muitos casais e algumas famílias completas para curtir o pop rock blueseiro do cantor que vem se afastando de sua imagem de galã e namorado de cantoras e atrizes famosas para ficar 100% lembrado apenas pela sua música, que realmente é bem mais interessante que a vida pessoal.
O primeiro ato “Full Band” traz a banda completa ao palco e passeia por três discos, abrindo com “Helpless”, do último álbum que dá nome a turnê e fechando com uma curiosa versão que emenda “No Such Thing” e “Why Geórgia", canções de “Room For Square”.
No segundo ato, John começa sozinho no palco com “Emoji of a Wave”, também do último disco, emenda com um de seus maiores hits, “Daughters” para encerrar com um cover sempre presente em seus shows, “Free Fallin’”, que ganha todo um significado diferente depois da morte de seu dono, Tom Petty.
“É a primeira vez que eu toco essa música desde que o Tom Petty se foi. Quem dera eu tivesse escrito ela”, diz John ao introduzir o cover da canção de 1989 para um público que em boa parte nasceu neste ano ou depois dele. O estádio canta sozinho parte do refrão, que John perde no comecinho emocionado pelo momento de homenagem a um de seus ídolos. “Nós te amamos, Tom”, diz ao encerrar o ato 2.
O terceiro e mais pesado momento do show é Trio, onde John Mayer divide o palco apenas com o baterista Steve Jordan e o baixista Pino Palladino. O ato começa com um poderoso cover de "Everyday I Have The Blues” e encerra com “Vultures”, quando John até arrisca tocar sua surrada guitarra com baquetas —e faz com primor.
Mas é no quarto e derradeiro ato que a banda volta e John Mayer põe tudo para fora. A energia é tanta que ele até arrisca umas sarradas no ar em um breve intervalo de sua guitarra em “Queen of California”. Apesar de discreto, o público percebe a referência ao funk brasileiro e responde com gritinhos.
O quarto ato é também o mais longo, com espaço para hits como as baladas “Who Says”, “Wating on The World to Change” e “Dear Marie” em que o estádio inteiro continua com o coro de “oh oh oh” mesmo depois do fim da música.
Destaque para o ato final do show, quando, ao tocar “Gravity”, a mais pedida da noite, o palco se apaga para iluminar a plateia, que colabora com as milhares de luzinhas de celular.
Após exatas duas horas de show, o telão anuncia: “Chapter 5: Epilogue”, e, tal qual uma série de TV, a apresentação termina com os créditos rolando na tela da banda, equipe e toda a produção por trás do show.
O setlist de John Mayer quase nunca se repete e deve trazer surpresas para os mineiros, os próximos a receberem o cantor no sábado (20), em Belo Horizonte. As novidades em comparação ao último show da turnê de "The Search For Everything", que aconteceu em 3 de setembro nos Estados Unidos, foram "Changing", "Emoji of a Wave", "Daughters" e "Dear Marie". Ou seja, as próximas cidades podem esperar ao menos quatro novidades em relação aos shows anteriores.
Depois de São Paulo e Belo Horizonte, John Mayer ainda leva sua "The Search For Everything" para Curitiba (22), Porto Alegre (24) e Rio de Janeiro (27).
Setlist executado em São Paulo
Chapter 1: Full Band
"Helpless"
"Moving On and Getting Over"
"Something Like Olivia"
"Changing"
"No Such Thing"
"Why Georgia"
Chapter 2: Acoustic
"Emoji of a Wave"
"Daughters"
"Free Fallin" (cover Tom Petty)
Chapter 3: Trio
"Everyday I Have The Blues" (cover Pine Top)
"Cross Road Blues" (cover Robert Johson)
"Who Did You Think I Was"
"Vultures"
Chapter 4: Full Band (reprise)
"Queen of California"
"In The Blood"
"Slow Dancing in a Burning Room"/Intro: "The Beautiful Ones" (cover Prince)
"Who Says"
"Dear Marie"
"Waiting on the World to Change"
"Gravity"
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