Rainha de 2017: Como Marília Mendonça tomou conta da música neste ano
Anitta, Pabllo Vittar, Kevinho, Livinho e várias duplas sertanejas podem até ter tomado muito do seu tempo em 2017. Mas se tem alguém que literalmente dominou a música neste ano, esse alguém é Marília Mendonça.
Em época de fim de ano, os balanços e retrospectivas não deixam enganar. A cantora de apenas 22 anos é unanimidade em todo tipo de ranking que mostra o que o brasileiro ouviu nos últimos 12 meses. Na falta de uma, a jovem cantora e compositora aparece duas, até três vezes se contar as parcerias acertadas como a que fez com Wesley Safadão em "Ninguém é de Ferro".
Entre as mulheres, ela é a artista mais ouvida de 2017 tanto no Spotify quanto na Deezer, dois dos principais serviços de distribuição de música. Na lista geral, só perde para duplas sertanejas, mas ainda está entre os top 5. É a segunda no Deezer e a quarta no Spotify.
Até 31 de dezembro, quando encerra 2017 no show de Réveillon de Salvador, Marília Mendonça terá feito 224 apresentações em todo o país. Em junho bateu seu recorde, com 24 shows em um único mês. Pisou no freio em fevereiro, com apenas oito shows. Mas fez questão de levar sua sofrência até para o Carnaval de Salvador, onde cantou até ao lado de Ivete Sangalo.
Lançado no final de março, seu DVD "Realidade - Ao Vivo em Manaus" foi o álbum mais ouvido no ano na Deezer e o terceiro no Spotify. Mesmo com o trabalho novo, o DVD anterior também se manteve no top 5 dos mais ouvidos do ano. "Marília Mendonça Ao Vivo" ainda é o 5º mais ouvido na Deezer e o quarto no Spotify.
Mesmo com o acesso livre nas plataformas de internet, "Realidade" vendeu mais de 420 mil cópias físicas e digitais, segundo a Som Livre. A gravadora ainda aponta 173,2 milhões de streams e impressionantes 1,7 bilhão de visualizações do conteúdo da artista. Não à toa, Marília Mendonça também é a artista mais vista no YouTube no Brasil, com mais de 2,5 bilhões de acessos.
Tanto sucesso fez de Marília Mendonça uma das cantoras que mais arrecadaram direitos autorais, segundo o Ecad. E os números só devem aumentar, já que o ranking mais recente da organização só considera o primeiro semestre do ano.
O que toca?
A triste "Amante Não Tem Lar" tomou o lugar de "Infiel", hit total do ano passado. É a terceira música mais ouvida no Brasil em 2017, na Deezer e também está no top 50 do Spotify. "Eu Sei de Cor" é uma das favoritas dos colegas, interpretada por 9 de cada 10 duplas sertanejas em seus shows. Também está na lista de mais ouvidas junto com "Ninguém é de Ferro" (com Wesley Safadão), "Como Faz Com Ela" e "De Quem é a Culpa?".
Além das músicas próprias e parcerias em que divide os vocais, a cantora também segue lucrando com composições famosas que fez para seus colegas, como "Calma" (Jorge e Mateus), "Até Você Voltar" e "Cuida Bem Dela" (Henrique e Juliano) e "Muito Gelo e Pouco Whisky" (Wesley Safadão).
2017 também foi o ano em que Marília demonstrou ainda mais maturidade e deu a cara a bater sem medo de mostrar opinião.
Em junho, quando Elba Ramalho criticou a invasão sertaneja ao tradicional São João nordestino, Marília fez questão de ir contra. "Vai ter sertanejo no São João sim, viu? Porque quem quer é o público. Então, muito obrigada por me abraçarem. Sei que vocês gostam mesmo é de música boa. Não importa o estilo", disse após se apresentar no Recife.
Se Marília ajudou muita gente a chorar na hora da fossa com seus versos, foi a vez dela terminar seu noivado em agosto. Mas a cantora vai bem, obrigada. E ainda fez questão de alertar as mulheres sobre relacionamentos abusivos quando viu o vídeo de desculpas do funkeiro Naldo por ter agredido a esposa.
A cereja no bolo ficou por conta do recado para os haters recentemente no Festival de Verão de Salvador. Sua camiseta estampava a frase: "Sucesso & Talento & Verdade = Haters". Mensagem passada para quem ainda não entendeu que o ano foi dela.
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