Tributo a Rita Lee no aniversário de SP tem grito pelas travestis da cidade
Com uma programação eclética, a festa de comemoração dos 464 anos de São Paulo celebrou outro ícone paulistano: a cantora Rita Lee, que completou 70 anos no dia 31 de dezembro. O festejo também trouxe à tona um grito pelas travestis da cidade.
Rita Lee, que não dá as caras na festa desde 2013, quando fez um dos últimos shows da carreira no mesmo local, foi bem representada pelas cantoras Letícia Novaes (Letrux), Xênia França, Raquel Virgínia e Assucena Assucena (vocalistas da banda As Bahias e a Cozinha Mineira), e Tulipa Ruiz.
Raquel subiu ao palco puxando um grito pela população LGBT. "Viva as travestis", disse antes de cantar "Pagu". "Toda vez que cantamos essa música, a gente fica muito revoltada", contou ela sobre a música que diz no refrão: "Porque nem toda feiticeira é corcunda / Nem toda brasileira é bunda / Meu peito não é de silicone / Sou mais macho que muito homem".
As cantoras trans fizeram o Vale do Anhangabaú vibrar com releituras das canções mais feministas da roqueira, como "Perigosa", sucesso de As Frenéticas, e "Agora Só Falta Você".
O discurso inclusivo tomou o palco com as principais atrações da festa, após o show de Paula Fernandes, que abriu a celebração em um dos cartões postais da cidade.
"Espero que São Paulo, com essa maturidade toda, aprenda a respeitar as travestis", pediu Assucena. "Quero parabenizar quem sofre com preconceito nessa cidade e que está se empoderando. Aos nordestinos que construíram essa cidade."
"Legal demais a maior hitmaker do Brasil ser uma mulher", brindou Tulipa ao cantar "Chega Mais".
Briga quase encerra show
Durante a apresentação, uma briga entre ambulantes e fiscais da prefeitura quase encerrou a apresentação antes da hora.
Seguranças que tentavam retirar um ambulante próximo ao palco foram recebidos com garrafadas de plástico por outros ambulantes e moradores de rua. Policiais reagiram com spray de pimenta e em poucos segundos um espaço se abriu na plateia.
Houve tumulto e pessoas correram em direção ao Teatro Municipal assustadas. Minutos depois, a situação foi normalizada.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.