Mulheres que fizeram música contra Vladimir Putin enfrentam nova audiência na Rússia
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Reuters
Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina, integrantes do grupo Pussy Riot, em cela de tribunal de Moscou (30/7/12)
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A nova audiência do julgamento contra três componentes do grupo Pussy Riot, detidas há cinco meses por cantar uma "oração punk" contra Vladimir Putin na catedral de Moscou, começou nesta segunda-feira (30) na capital russa, retransmitida ao vivo no site do tribunal.
Nadejda Tolokonnikova, de 22 anos, Yekaterina Samutsevish, de 29, e Maria Alejina, de 24, são acusadas de vandalismo e enfrentam uma pena de até sete anos de prisão.
As três jovens são julgadas por cantar no dia 21 de fevereiro, encapuzadas, com guitarras e alto-falantes, uma "oração punk" intitulada "Maria, mãe de Deus, tire Putin" no interior da catedral do Cristo Salvador, em Moscou.
No total, cinco integrantes do grupo Pussy Riot participaram da ação, mas a polícia prendeu apenas três delas. O tribunal encarregado do caso ordenou recentemente sua prisão preventiva até janeiro de 2013.
Nas imagens da sessão transmitidas ao vivo no site do tribunal Jamovnicheski de Moscou, que nesta segunda-feira deve ouvir os primeiros argumentos deste processo, as três jovens apareciam sorridentes dentro de sua cabine de vidro.
A oração contra Vladimir Putin gerou muitas reações de desaprovação em um país que, após a queda do regime soviético em 1991, experimentou um crescimento religioso.
Mas muitas personalidades russas, incluindo as pertencentes à comunidade cristã ortodoxa, defenderam as jovens e consideraram desproporcionais as acusações apresentadas contra elas e sua permanência na prisão.