Robert Smith e The Cure agitam plateia de SP em show com mais de 3 horas
É difícil dissociar a imagem do jovem Robert Smith dos anos 80 do energético senhor de 53 anos que, na noite deste sábado (6), subiu ao palco da Arena Anhembi, em São Paulo, para o segundo e último show da turnê brasileira do The Cure. Durante mais de 3h e cerca de 40 músicas, Smith e banda (Jason Cooper, Roger 'O Donnell, Simon Gallup e Reeves Gabrels) fizeram a alegria de um público numeroso (cerca de 30 mil pessoas, segundo a organização do evento) e misto, composto de velhos e novos fãs, muito entusiasmados com o que testemunhavam.
Essa é a terceira vez que a banda toca no Brasil. Na primeira, em 1987, estavam no auge da carreira. Na segunda, em 1996, foram headliners no extinto festival Hollywood Rock, mas sem o mesmo brilho de antes. E agora mostraram que não é preciso estar na crista da onda para animar e movimentar uma plateia. Smith e banda vieram de uma apresentação no Rio, na última quinta-feira, também muito boa, de acordo com os relatos.
O show começou às 20h14, com "Open", e seguiu praticamente o mesmo roteiro da apresentação do Rio, com respostas muito marcadas da plateia em sucessos como "Lovesong", "Inbetween Days", "A Forest" e "Friday I'm in Love". Sem falar da parte final, a melhor da noite, quando emendou "The Lovecats", "The Caterpillar", "Close To Me", "Hot Hot Hot!!!", "Let's Go to Bed", "Why Can't I Be You?", "Boys Don't Cry", "10:15 [Saturday Night]" e a matadora "Killing An Arab".
O primeiro bis, após "End", foi a grande diferença do setlist do Rio, que aqui contou com "The Kiss", "If Only Tonight We Could Sleep" e "Fight", enquanto na capital fluminense as escolhidas foram "Plainsong", "Prayers For Rain" e "Disintegration".
Smith ainda mantém partes da caracterização dos anos 80: o cabelo desfiado, o lápis preto nos olhos e o batom vermelho, sem falar nas lantejoulas e no coturno em forma de plataforma com sola de borracha. Além disso, o cantor e guitarrista cuidou de seu maior patrimônio, a voz, que parece não ter se alterado com o passar do tempo.
Com disposição, atitude e profissionalismo invejáveis, Smith conduziu o show sem grandes interrupções. Parou apenas duas vezes, antes do primeiro e segundo bis, ambas por menos de cinco minutos, para recompor as energias.Várias vezes agradeceu o carinho do público com discretos e carregados de sotaque "obrigado". Carismático, dançou no palco em algumas músicas e arrancou aplausos e risadas da plateia.
Ao fim, agradeceu o carinho e, como sinal de bom agouro, profetizou: "Nos vemos muito em breve".
Veja as músicas que o The Cure tocou em São Paulo:
"Open"
"High"
"The End of the World"
"Lovesong"
"Push"
"Inbetween Days"
"Just Like Heaven"
"From the Edge of the Deep Green Sea"
"Pictures of You"
"Lullaby"
"Fascination Street"
"Sleep When I'm Dead"
"Play For Today"
"A Forest"
"Bananafishbones"
"Shake Dog Shake"
"Charlotte Sometimes"
"The Walk"
"Mint Car"
"Friday I'm in Love"
"Doing the Unstuck"
"Trust"
"Want"
"The Hungry Ghost"
"Wrong Number"
"One Hundred Years"
"End"
bis
"The Kiss"
"If Only Tonight We Could Sleep"
"Fight"
bis
"Dressing Up"
"The Lovecats"
"The Caterpillar"
"Close To Me"
"Hot Hot Hot!!!"
"Let's Go to Bed"
"Why Can't I Be You?"
"Boys Don't Cry"
"10:15 [Saturday Night]"
"Killing An Arab"
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