Julgamento por abuso infantil de Michael Jackson pode ser revivido
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Reuters
Michael Jackson durante uma pausa em seu depoimento no tribunal de Santa Maria, na Califórnia (03/12/2002)
O julgamento de Michael Jackson em 2005, em que ele foi absolvido de acusações de abuso sexual infantil, pode ser revisitado em um processo civil no próximo mês, que coloca a mãe do cantor, morto em 2009, contra os promotores de shows AEG Live, decidiu uma juíza de Los Angeles na quinta-feira.
Katherine Jackson está processando a AEG Live pela morte de seu filho, alegando que a empresa de shows foi negligente na contratação do médico Conrad Murray para cuidar do cantor antes de uma série de shows de Londres marcados para julho de 2009.
Jackson morreu em junho de 2009 em Los Angeles depois de um ensaio para os concertos. Murray foi considerado culpado em 2011 de responsabilidade pela morte do cantor, dando-lhe o anestésico cirúrgico propofol como um auxílio para dormir, e está cumprindo uma pena de quatro anos por homicídio culposo.
A juíza do Tribunal Superior de Los Angeles Yvette Palazuelos determinou que os advogados da AEG Live podem usar o julgamento de Jackson de abuso infantil como parte de sua defesa no caso de morte por negligência, uma vez que isso pode ser relevante para a sua história de abuso de drogas.
Depois de anos de disputas legais, o processo civil deve ter início em 2 de abril e pode durar até três meses.
Katherine Jackson e os dois filhos mais velhos do cantor de "Thriller", Prince e Paris, podem ser chamados como testemunhas, determinou Palazuelos em uma audiência pré-julgamento.
Murray também pode ser chamado para depor, embora o advogado de Katherine Jackson tenha dito que o médico estava planejando fazer valer os seus direitos pela Quinta Emenda de permanecer em silêncio.
Katherine Jackson processou a AEG Live um ano após a morte do cantor em nome de seus três filhos, Prince, Paris e Prince II, conhecido como Blanket. Ela não está processando Murray.
A estrela pop foi a julgamento na Califórnia, em 2005, sob a acusação de abusar sexualmente de um menino de 13 anos de quem ele havia se tornado amigo e hospedado em seu rancho Neverland. Depois de mais de quatro meses de julgamento, o cantor foi absolvido de todas as acusações.