"É uma experiência eletrizante", diz Hugh Laurie sobre carreira musical

Lindsay Claiborn

Los Angeles

O ator britânico Hugh Laurie, conhecido por interpretar o médico mal-humorado Gregory House na série de TV "House", está investindo agora na carreira de cantor e lançou recentemente seu segundo álbum, "Didn't It Rain", inspirado no blues de Nova Orleans.

Laurie, de 54 anos, que toca piano no álbum, acompanhado do conjunto The Copper Bottom Band, diz que vai sentir falta de seu personagem mais famoso e que a música é "onde sempre quis estar".

É estranho transitar entre a atuação e a música?
Laurie:
Não é uma transição óbvia, mas fiquei muito grato por ela. Porque eu supunha que depois de atuar no final de um programa de TV eu provavelmente teria um longo período de... não sei se luto é a palavra certa, mas de qualquer forma uma abstinência, porque foi emocionante sob muitos aspectos.

[House] era um personagem que eu adorava, ainda adoro, sempre vou adorar, estará sempre comigo... Mas tive essa oportunidade incrível, uma chance realmente única na vida de entrar de repente em uma sala e falar em línguas diferentes, como de fato foi, com toda uma gama de pessoas diferentes com ideias diferentes sobre a vida.

  • Capa do segundo disco de Laurie

Você é britânico. Por que escolher o blues, um gênero que tem raízes na cultura do sul dos EUA?
Essa é a música que sempre adorei. Sei que não posso realmente dizer isso porque não sou daqui, sou um "maldito estrangeiro". Mas senti como se fosse a minha música, quer dizer, eu sei que não é, e sei que sou um forasteiro chegando nisso, estou invadindo. Sei disso e por essa razão a trato muito seriamente, e a trato de forma muito reverente quando posso.

A verdade é que há muita música folk inglesa na música norte-americana. Desde o primeiríssimo momento em que ouvi sabia que [o blues] seria um lar par mim.

A música é uma pausa em relação à TV?
É mais do que uma pausa. Eu sei, eu entendo completamente as pessoas que olham para tudo isso e pode parecer um hobby, ou pode parecer uma espécie de férias. Não é nada disso.

É onde eu, acredite ou não, é onde eu sempre quis estar. Ou seja, há coisas no trabalho que eu tive interpretando House das quais realmente vou sentir saudade. Vou sentir saudade das pessoas, vou sentir saudade do personagem. Há experiências maravilhosas que eu tive, mas isto está num nível completamente diferente para mim. Isso é real, é uma experiência eletrizante.

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