Michael Jackson usava nomes falsos para comprar calmantes
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AFP
Michael Jackson saúda o público ao receber prêmio de artista do século no American Music Awards, em Los Angeles (02/01/2002)
LOS ANGELES, 17 Jul 2009 (AFP) - Omar Arnold, Joseph Scruz e Bill Bray eram alguns dos nomes falsos usados por Michael Jackson para pedir receitas médicas, fazer exames e adquirir calmantes, afirmaram fontes próximas à investigação de sua morte ao jornal Los Angeles Times nesta sexta-feira.
As prescrições de medicamentos encontradas na casa do rei do pop, morto no dia 25 de junho depois de sofrer uma parada cardíaca, foram escritas para "Omar Arnold", segundo as fontes entrevistadas pelo jornal.
Três semanas depois da morte do cantor, autoridades policiais e forenses e agentes anti-drogas realizam uma minuciosa investigação para tentar unir pistas que levem ao esclarecimento do que se apresenta como um suposto vício de Jackson em calmantes pesados.
Os investigadores estão estudando de perto o papel de pelo menos cinco médicos que assinaram receitas para Jackson, indicou o LA Times.
O uso de pseudônimos é uma técnica comumente usada por estrelas de Hollywood que vivem se esquivando do fogo cruzado dos tablóides, principalmente na hora de fazer reservas em hotéis, passar temporadas em spas ou agendar uma simples sessão no massagista.
No entanto, quando se apela a esta alternativa para adquirir medicamentos, e com a cumplicidade de um médico, configura-se uma violação de lei federal e estadual.
De acordo com vários relatórios, a polícia encontrou na mansão onde Jackson vivia diversos frascos de um potente calmante usado para anestesiar pacientes em cirurgias, o Propofol.
Um de seus irmãos, Tito Jackson, disse na quarta-feira a um jornal inglês que, pouco antes da morte de Michael, a família vinha tendo fortes discussões sobre a suposta dependência química do cantor.
Michael Jackson se tornou viciado em calmantes devido às inúmeras cirurgias estéticas pelas quais passou, e não em consequência de um acidente que queimou seu couro cabeludo em 1984, como afirmam alguns veículos da imprensa, disse à AFP na quinta-feira seu ex-agente Jay Coleman.