Mundo relembra 30 anos da morte de Jacques Brel, autor de "Ne me quitte pas"

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PARIS, 9 Out 2008 (AFP) - De Frank Sinatra a Nina Simone, passando por David Bowie, Joan Manuel Serrat, Paco Ibáñez - todos interpretaram canções do cantor belga Jacques Brel, num momento em que estão sendo completados 30 anos de sua morte, em meio a um polêmico leilão em Paris.

"Ne me quitte pas", "Amsterdam" ou "Ces gens-là" foram algumas de suas canções que terminaram se convertendo em monumentos da canção francesa, com a força de suas letras ainda causando impactos. Jacques Brel, faleceu em 9 de outubro de 1978 aos 49 anos de idade na periferia de Paris, vítima de um câncer de pulmão.

"Ne me quitte pas" entrou também para a lenda da canção de língua inglesa sob o título "If you go away", interpretada também por Nina Simone e Dusty Springfield.

O manuscrito da canção "Amsterdam" foi a peça principal de um polêmico leilão realizado na quarta-feira na Casa Sotheby's de Paris. Manuscritos, guitarras, discos, fotografias, cartazes e gravações fizeram parte dos 95 lotes pertencentes ao artista arrematados por 1,027 milhão de euros contra uma estimativa inicial de até 470.000 euros.

O leilão havia sido denunciado por sua viúva, Therese, conhecida como "Miche", por entender que esses objetos "fazem parte de um patrimônio". "Isso não se vende. É uma pena e um pouco vergonhoso", afirmou ela à rádio francesa France Info.

Nascido em 8 de abril de 1929 em Schaerbeek (Bélgica), Brel, ou Jacques Romain Georges Brel, foi um dos maiores expoentes da música francofônica no mundo. Embora tenha vivido boa parte de sua vida em Paris, Brel se orgulhava de ser belga, como demonstra sua obra que contém várias músicas que descrevem seu país como Le Plat Pays (expressão para descrever as planícies que formam a paisagem típica da região do Benelux - Bélgica, Holanda e Luxemburgo. A intensidade extrema marcou sua breve vida.

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