Grandes óperas dos EUA são afetadas por problemas de saúde dos diretores

  • AFP/Alfredo Estrella

    O tenor espanhol Placido Domingo durante apresentação gratuita na Cidade do México (19/12/2009)

    O tenor espanhol Placido Domingo durante apresentação gratuita na Cidade do México (19/12/2009)

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A temporada em três das grandes casas de ópera dos Estados Unidos termina em dificuldades, este ano, por problemas de saúde que perturbam a intensa agenda de seus onipresentes diretores.

James Levine, de 66 anos, diretor do Metropolitan Opera, anunciou esta semana que não poderá terminar a temporada do famoso teatro nova-iorquino para submeter-se a uma cirurgia na coluna vertebral.

Enquanto isso, o tenor espanhol Plácido Domingo, diretor das óperas de Los Angeles (Califórnia) e Washington DC, se recupera satisfatoriamente de uma cirurgia de câncer de cólon, que também comprometeu sua atividade artística.

Nos dois casos, os problemas de saúde puseram em evidência a onipresença destes dois artistas em vários palcos, com agendas às vezes no limite do humano.

Domingo reapareceu em público, esta segunda-feira, em Nova York, por ocasião da inauguração de seu segundo restaurante e em seguida viajou para a Itália para cantar "Simon Boccanegra" no Scala de Milão, após assistir, no fim de semana, à estreia de "O Crepúsculo dos Deuses", de Wagner, em Los Angeles.

"Está se recuperando fantasticamente. Saiu-se muito bem da operação e não precisa de nenhum outro tratamento", disse à AFP sua representante, Nancy Seltzer.

O artista, de 69 anos, foi submetido no mês passado, em Nova York, a uma cirurgia de câncer de cólon, após sentir dores, em fevereiro, durante um concerto em Tóquio, mas está reintegrando sua agitada agenda.

Em maio, ele dirigirá "Hamlet", em Washington, e atuará em "A Valquíria", de Wagner, em Los Angeles, antes de voltar a fazer "Simón Boccanegra", em junho e em julho em Londres e Madri.

Em setembro, Domingo intepretará, em Los Angeles, Pablo Neruda, na reestreia de "Il Postino", uma ópera do mexicano Daniel Catán.

Enquanto isso, em Nova York, James Levine espera se recuperar, durante o verão, de um problema nas costas, mas o Met anunciou que terá que ser substituído este mês em "Tosca", de Puccini, e em "Lulu", de Alban Berg, em maio.

Levine, além de dirigir o Met, é diretor de outra das grandes orquestras dos Estados Unidos, a sinfônica de Boston. Ele já tinha sido operado em 2008 de um tumor maligno em um rim e de uma hérnia de disco, no ano passado.

O diretor de orquestra tem, ainda, compromissos pendentes no festival de Tanglewood, em Boston, e outro concerto previsto para comemorar o 90º aniversário da orquestra de Cincinnati.

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