Argentinos do Babasónicos voltam com "A Propósito" após três anos de silêncio

México - A volta da banda argentina Babasónicos às lojas com "A Propósito", três anos após seu último álbum, não é tanto uma reinvenção, mas uma alteração química permanente de sua biologia musical, segundo os próprios artistas.

"A genética da banda foi alterada para sempre com a partida de Gabo. É uma música com mais produção instrumental, são canções que variam em outras coisas", declarou o guitarrista Mariano Roger.

O músico se referia a perda de seu baixista e compositor Gabriel "Gabo" Manelli em 2008, vítima de câncer. Sua morte levou inevitavelmente, a uma mudança de planos. "Antes éramos uma banda mais afiada", disse Roger.

Porém, essa necessidade de voltar a se adaptar decretou obrigatoriamente a descoberta de uma pedra filosofal diferente.

Há apenas 10 dias após o lançamento de "A propósito" na América Latina e nos Estados Unidos, o quinteto argentino se apresentou diante da imprensa para explicar sua metamorfose.

"O álbum está dominado por um forte vetor de mutação, loucura e fantasia", declarou o cantor Adrián Dárgelos.

O grupo sente saudades, mas não de forma melancólica, do rock dos anos 1990, quando a banda foi criada.

"Era uma época mais underground, um pouco mais depurada, para tocar tinha que ter algum tipo de show, de público, ou 50 amigos que pagassem a entrada", explicou Roger.

O imediatismo da internet mudou esse panorama: as redes sociais permitem o grupo informar os fãs em tempo real e os vídeos estrearem no YouTube em alta definição, em vez de estrear na televisão.

Tem um lado muito positivo, comentou, mas ao mesmo tempo, não discrimina: "para cada artista talentoso há cem que gravam em casa tocando violão, fazendo covers de Lady Gaga".

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