Guatemaltecos saem às ruas para pedir justiça por morte de Facundo Cabral

  • EFE

    Guatemaltecos saem às ruas para exigir justiça pelo assassinato do cantor argentino Facundo Cabral (10/07/2011)

    Guatemaltecos saem às ruas para exigir justiça pelo assassinato do cantor argentino Facundo Cabral (10/07/2011)

Guatemala, 10 jul (EFE).- Centenas de guatemaltecos saíram neste domingo às ruas para exigir justiça pelo assassinato do cantor argentino Facundo Cabral, ocorrido no sábado, enquanto as autoridades ainda não informam sobre os avanços da investigação.

O corpo de Cabral está em uma funerária à espera de sua repatriação na terça-feira.
 
"Estamos consternados e bravos pela violência que afeta nosso país, e envergonhados porque este grande poeta encontrou a morte aqui, e a única coisa que fez foi nos trazer amor e cultura", disse à Agência Efe uma universitária que participou de uma passeata que começou no corpo de bombeiros onde Cabral morreu e terminou na Plaza de la Constitución.
 
O protesto pelo assassinato do cantor reuniu centenas de pessoas de todas as idades, entre políticos, artistas, ativistas, estudantes e até funcionários do governo, que colocaram flores e velas em um altar improvisado no meio da praça.
 
"Este é um fato lamentável, mas temos que esperar o resultado das investigações e confiar nas autoridades", disse aos jornalistas o presidente do Parlamento, Roberto Alejos.
 
Até o momento as autoridades, que são apoiadas pela Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), não divulgaram os avanços das investigações.
 
A única informação que tornaram pública é a descoberta, horas depois do crime, de um veículo 4x4 que presumem ter sido utilizado no ataque, e dentro do qual encontraram uma arma, um colete à prova de balas e munição de fuzil.
 
As primeiras linhas de investigação apontam para que o ataque não tinha Cabral como alvo, mas o empresário Henry Fariña, que conduzia o veículo no qual o cantor se dirigia ao aeroporto para voar à Nicarágua, onde tinha uma apresentação programada.
 
Fariña, ferido com gravidade no ataque, é um nicaraguense radicado na Guatemala há vários anos que, segundo investigadores guatemaltecos, era proprietário de várias casas noturnas na América Central.
 
O assassinato do cantor, de 74 anos, significou um duro revés para a imagem da Guatemala, visto que contribui para sua reputação como uma das nações mais violentas do mundo.

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