Maná, Maroon Five e Coldplay agitam penúltimo dia do Rock in Rio


Aday López.

Rio de Janeiro, 2 out (EFE).- O grupo Maná deve possuir um dom para recitar de novo seus sucessos e colocar a seus pés o público do Rock in Rio, que desfrutou de uma noite antológica ainda com Maroon 5 e Coldplay.

A atuação de Maná será recordada no futuro como um dos shows mais emblemáticos do festival em uma noite intimista e romântica na qual os mexicanos abriram seu coração para esbanjar paixão preparada com esse rock delicado que cativou cem mil pessoas.

A banda mexicana conseguiu um marco nesta edição do Rock in Rio ao manter empolgado durante cerca de uma hora o exigente público carioca, que em algumas vezes se perde com facilidade na imensidade da Cidade do Rock sem prestar a mínima atenção ao espetáculo.

Desprendidos com acerto da parafernália teatral que exibiram em sua recente turnê pela Espanha, o Maná abriu seu show com "Lluvia al Corazón", o primeiro single de "Drama y Luz", seu último trabalho, sobre o qual passaram pisando em ovos para, talvez, garantir a glória e evitar surpresas desagradáveis.

Superada com notável sucesso sua entrada em cena, a banda começou um amplo percurso por sua discografia com "Oye mi Amor", "Eres mi Religión" e "Labios Compartidos", que elevou a temperatura da noite.

No débito dos mexicanos ficou, no entanto, interpretar pela primeira vez ao vivo "El Verdadero amor Perdona", terceiro single de sua última produção e lançado há apenas alguns dias.

O Maná saldou rapidamente sua dívida ao chamar para o palco Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, para cantar "Corazón Espinado", que entoaram com a colaboração absoluta do público, entregue à causa do rock urbano.

O grupo mexicano fechou o show com um epílogo apoteótico depois que Fher, o vocalista, vestia a camisa da seleção brasileira e desfraldou as bandeiras de Brasil e México para apelar pela união dos dois países.

Custava imaginar que o Maroon 5 pelo menos conseguisse igualar o sucesso colhido pelo Maná. E o conseguiu graças à cumplicidade visceral e sensual que seu líder, Adam Levine, teve com a multidão que abarrotou a Cidade do Rock no sexto dia do evento.

A banda californiana, consciente de que o nível da noite estava muito alto, não se assustou e começou seu espetáculo com "Moves like Jagger", que conseguiu manter o ânimo de um público que estava em estado de ebulição.

Levine, um gênio sobre o palco, continuou com "Makes me Wonder" e com outros dois grandes sucessos como "This Love" e "She Will be Loved" em um clima de nostalgia e melancolia.

A atuação do Coldplay, já de madrugada, começou com um certo ar de expectativa para se ver a recepção do novo álbum dos britânicos, "Mylo Xyloto", que chegará ao mercado no dia 24 de outubro.

As sensações foram mistas depois que a banda começou seu espetáculo com o single que dá nome a seu novo trabalho, continuou com "Hurts like Heaven" e estreou outros quatro títulos como "US Against the World", "Paradise", "Major Minus" e "Every Teardrop is a Waterfall", em uma atuação incomensurável.

Com "In my Place", o público vibrou e se emocionou em um show mítico no qual o líder do Coldplay, Chris Martin, ganhou o carinho dos cariocas por não deixar passar músicas como "Violet Hill", "Fix You" e "Viva la Vida", que levou o público ao êxtase.

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