"Portugal não é só déficit e dívida", diz fadista da nova geração

  • Paula Giolito/Folhapress

    A cantora portuguesa Ana Moura durante apresentação no festival Back 2 Black no Rio de Janeiro (26/8/2011)

    A cantora portuguesa Ana Moura durante apresentação no festival Back 2 Black no Rio de Janeiro (26/8/2011)

Lisboa, 26 nov (EFE).- Uma das vozes mais prestigiadas do fado português, a cantora Ana Moura disse que seu país não é só "déficit e dívida pública" e pediu que o tradicional ritmo lusitano entre na lista do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, elaborada pela Unesco.

Segundo a artista, o fado é um excelente embaixador de Portugal no mundo. Em entrevista à Efe, Ana Moura lembrou a maior figura do gênero, Amália Rodrigues, responsável por divulgar o ritmo no exterior.

"Este ano estive em todos os continentes e em todos os lugares falam de Amália. Ao se falar de Portugal, o nome dela vem automaticamente", explicou Ana Moura. "Portugal também tem uma cultura, que vale a pena conhecer, e o fado pertence a ela", acrescentou.

A cantora, que já lançou quatro discos, faz parte da nova geração do fado, que combina tradição e modernidade. "É emotiva e reúne aquilo o que se espera das artes, a inquietação das almas. É melancólico, triste, profundo, mas também tem uma vertente divertida", disse.

A Unesco está reunida em Bali, na Indonésia, para analisar a candidatura de 38 tradições que postulam entrar na lista de bens imateriais da entidade.

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