Em turnê pela América Latina, Roger Waters critica disputa por Ilhas Malvinas
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Roger Waters durante show de sua turnê "Dark Side Of The Moon Tour" no Members Equity Stadium, em Perth, na Austrália (09/02/2007)
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"Em 1982 a Guerra das Malvinas salvou a carreira política da primeira-ministra Margaret Thatcher, mas matou muitos britânicos e argentinos", lamentou nesta segunda-feira (27) o músico inglês Roger Waters, ex-líder do lendário grupo Pink Floyd.
Em entrevista coletiva realizada em Santiago, Waters atacou firmemente as guerras, a pobreza no mundo e o capitalismo. O músico se apresenta nos dias 2 e 3 de março na capital chilena, dentro da turnê "The Wall Live". Nos dias 25 e 29 do mesmo mês, Waters fará shows em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, respectivamente; e nos dias 1º e 4 de abril, ele se apresenta em São Paulo.
"Me dei conta de que quando fiz este show há 32 anos, era sobre mim, mas agora vejo que é algo maior, que abrange as pessoas que estão contra a guerra, abrange temas amplos como a luta contra o autoritarismo", refletiu.
Com uma boa aparência e vestindo jeans e camiseta preta, o antigo ícone do rock psicodélico respondeu com humor e simpatia às perguntas dos jornalistas que lotaram o hotel onde ele está hospedado.
Membro fundador e principal compositor do Pink Floyd, Waters traz em sua turnê uma espetáculo baseado no disco "The Wall", editado em 1980 e considerado pela crítica uma verdadeira ópera rock.
Sobre os concertos que fará neste fim de semana em Santiago, que precedem nove atuações seguidas na Argentina, o músico confessou que "não haverá nada em particular em respeito aos movimentos sociais, mas será um show político".
O ex-líder do Pink Floyd respondeu com um sonoro ronco quando perguntaram se havia alguma possibilidade dos integrantes da banda britânica voltarem a tocar juntos.
"Estão obsessivos com o tema", afirmou um risonho Roger Waters.