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Perry Farrell comemora 54 anos com DJ Marky em dia de altos e baixos no line-up do Lollapalooza

Estefani Medeiros

Do UOL, em São Paulo

30/03/2013 08h45

Perry Farrell, criador do Lollapalooza, comemorou seu aniversário de 54 anos ao som de DJ Marky em uma noite de sexta-feira (29) com altos e baixos no line-up do festival.

Quem não queria segurar o lugar no palco do headliner, o The Killers, optava pelo som mais rock and roll do Flaming Lips. As opções se dividiram entre inovadoras, como Deadmau5 e Temper Trap, e mais veteranas, como o Cake e Marky.

No fim do dia, o pop venceu e o Killers de Brandon Flowers realmente foi a atração mais comemorada da noite. Comparado ao sábado e ao domingo, o festival não concentrou sua melhor fatia do line-up. Em um momento no fim da tarde, os três palcos principais ficaram sem atrações por quase dez minutos.

Na tenda eletrônica onde foi barrado, e que ironicamente leva o seu nome, Farrell fez a única menção a abertura da 'filial' comentando no Twitter o trabalho do produtor Marky. No texto, disse que estava amando a apresentação e que a música tinha mexido com ele.

E não foi pra menos. O público se surpreendeu com a qualidade do show em que Marky maestrou duas bandas tocando hits do techno de seus vinte anos de pista. Nos vocais, Leilah Moreno e Stamina MC levaram as músicas para os pés do público dançante no chão da tenda suja e enlameada.

O mesmo sucesso não pode ser aplicado ao Cake, que tinha fãs igualmente saudosistas, mas foi prejudicado pelos problemas de interferência no som causadas pela altura do palco vizinho e de microfonia nos instrumentos.

Também desanimou o público os diversos discursos do vocalista John McCrea. O público só lhe deu atenção quanto tocou hits como "Short Skirt/Long Jacket" e "Never There", além das versões clássicas de "War Pigs", do Black Sabbath, e "I Will Survive", de Gloria Gaynor.

No mesmo Palco Butantã, o DJ Deadmau5 atraiu jovens e curiosos. O único headliner eletrônico mostrou que o som do palco realmente poderia funcionar com mais potência sem interferência da tenda eletrônica.
Vestido com uma cabeça de rato cheia de luzes LED, o produtor conquistou o público principalmente pelo espetáculo visual, em show produzido especialmente para o Lollapalooza.

Com início morno, o setlist só levantou a plateia no remix de "Killing In The Name", do Rage Against The Machine,  abrindo diversas rodas de pogo na multidão. Mesclando músicas de toda sua discografia, o show alternou entre momentos de marasmo e muito barulho.

CERTO E ERRADO

Acertos
1 Pontualidade das bandas
2 Sinalização
3 Show do The Killers
4 Kidzapalooza
5 Telões grandes e em maior nº

Erros
1 Retirada e compra de ingressos
2 Som do palco Butantã
3 Lama e mau cheiro
4 Filas nos banheiros e bares
5 Clima: sol forte, chuva e frio

No lado oposto, os australianos do Temper Trap seguiram uma linha mais suave e fizeram um show intimista com seu rock psicodélico. Mesmo com os problemas no som, atraiu um público receptivo no fim de tarde do festival, mas não trouxe surpresas.

No fim de semana, o público noturno poderá encontrar opções menos mornas, como Queens of The Stone Age, Pearl Jam, Black Keys, The Hives, Planet Hemp e Franz Ferdinand, em disputas de horário mais acirradas.