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Produtor de "13", do Black Sabbath, defende baixo número de faixas

Rick Rubin, produtor de "13", novo álbum do Black Sabbath - Reprodução/Facebook/BlackSabbath
Rick Rubin, produtor de "13", novo álbum do Black Sabbath Imagem: Reprodução/Facebook/BlackSabbath

Do UOL, em São Paulo

27/06/2013 00h53

O produtor Rick Rubin, responsável pelo álbum recém-lançado pelo Black Sabbath, explicou em entrevista ao site The Daily Beast -- que mantém parceria com a revista digital "Newsweek" -- o motivo para o reduzido número de faixas do disco. Primeiro registro em estúdio com músicas novas depois de 35 anos, "13" foi lançado no começo de junho de 2013 e conta com apenas oito músicas.

"A ideia de que, depois de 35 anos, as dez primeiras músicas [de uma banda] serão perfeitas é irreal", afirmou Rubin, que explicava sobre como os artistas com os quais trabalha são submetidos a um rigoroso processo de peneira musical. "Foi um pouco difícil com o Black Sabbath. A gente nunca teve mais que 30 [músicas para trabalhar]. Mas eles escreveram provavelmente mais que 20. Acho que a gente gravou umas 16. E só oito entraram no álbum."

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O resultado do esforço dos músicos e de Rick Rubin foi medido pelo fato do disco ter alcançado o primeiro lugar na Billboard 200, um feito que a banda não conseguia há 40 anos.

VEJA O CLIPE DE "GOD IS DEAD", SINGLE DE "13"

Na longa entrevista concedida ao jornalista Andrew Romano, Rick Rubin contou detalhes do tempo em que gravou álbuns clássicos de artistas como Red Hot Chili Peppers, System Of A Down e Beastie Boys. Prestigiado produtor musical, o norte-americano de 50 anos também falou sobre os dois anos que se passaram desde o primeiro encontro com Ozzy Osbourne, Tony Iommy e Geezer Butler e o baterista Brad Wilk, do Rage Against The Machine, que substituiu Bill Ward -- que pode retornar em um futuro disco.

"No passado, o Black Sabbath era, essencialmente, uma banda de jam session. Era assim que eles escreviam [música]", disse Rubin. "Eles se afastaram disso. Eles estavam acostumados a gravar demo: aqui está o metrônomo, aqui é onde os riffs de guitarra vão. Mas o que tornava o Black Sabbath em Black Sabbath era a forma com quem cada um interpretava o que o outro estava tocando. Aquelas reações criavam tensões, criavam o som da banda."

Rubin explicou que o seu principal objetivo era fazer com que os integrantes do Black Sabbath voltassem a tocar juntos. "Eles são especialistas nisso", disse o produtor.

O grupo lançou a faixa "End of the Beginning" durante um episódio do seriado "CSI", em maio. Outro single do álbum foi "God Is Dead", que recebeu um clipe com cenas de guerra e cidade caótica.

4 Comentários

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X1970

Para quem acompanha o Sabbath e as carreiras do Ozzy ( sem trocadilho....) Iomi e Butler, o 13 vale mais pelo que simboliza do que pelo conteúdo, embora tenha pelo menos 3 musicas boas. Fica um certo ar de "já vi isso". Mas sou sabbath maníaco. Para não dizer Iommimaníaco. Para a garotada que acha que Paramore, Avenged Sevenfold ou Metallica depois do Load são tops, com certeza vão pirar, vai ser novidade. Rock de primeira, pesado, denso, daquele que faz você voltar aos 16 anos e levantar a mão com os chifres. Mas não só não é nada comparado com o que fizeram. Mas como disse o Rubin, foram 30 anos para voltarem a fazer o que os fez os melhores. Espero pelo segundo disco. Esperei 30 por este. espero um pouco mais.

Lauro Grafanassi Junior

Não entendo algumas coisas... como assim que o '13' é o primeiro disco do BS depois de 35 anos? BS lançou nada menos que 10 discos de estúdio depois do último que eles se referem(Never Say Die). Esse é o primeiro do OZZY em 35 anos. Esta formação não é original, pois o batera não é Bill Ward. Não entendo... particularmente a fase que eu mais gosto do BS é a posterior ao Ozzy, com o Dio, Ian Gillan, Glenn Hughes e Tony Martin.

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