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Slipknot faz show destruidor em festival em São Paulo

Gabriel Mestieri

Do UOL, em São Paulo

20/10/2013 02h39

A banda norte-americana Slipknot fez um show destruidor em São Paulo neste sábado (19). Em apresentação de quase duas horas, os integrantes do grupo, que se identificam por números, cantaram, pularam e até rolaram no show durante o festival Monsters of Rock, em São Paulo.

Conhecido pelo visual mascarado e pelo som extremo, o grupo de metal natural do Estado de Iowa, nos Estaos Unidos, justificou a escalação como headliner, com uma apresentação competente e empolgante.

Na segunda passagem pelo Brasil desde a morte do baixista Paul Gray em 2010, a banda tocou 19 músicas, contemplando todos os quatro álbuns de estúdio da banda, desde "Mate. Feed. Kill. Repeat." (1996) até "All Hope Is Gone" (2008). Gray, que era conhecido como o integrante número 2 da banda, foi lembrado pelo algarismo que o representa estampando o pano de fundo do palco.

Após a queda de um outro pano, na frente do palco, que escondia os integrantes da banda durante a introdução com "Get Behind Me Satan And Push", de Billie Jo Spears, o Slipknot iniciou o show com "Disasterpiece", do álbum Iowa.

A noite paulistana estava perfeita para o show, com o céu limpo, a lua cheia, e a temperatura, amena. Já a qualidade do som, que durante as bandas anteriores estava quase perfeita, teve falhas durante o Slipknot.

O público, entretanto, não parecia ligar muito, e respondia de maneira insana a músicas como "Wait And Bleed", "Before I Forget", "Dead Memories" e "Psychosocial".

A primeira parte da apresentação foi encerrada com "Duality" e "Spit It Out", e o apagar de luzes enganou grande parte do público, que começou a deixar a Arena Anhembi, por volta das 23h15. Quem continuou na frente do palco, ainda pode contemplar "(sic)", "People = Shit" e "Surfancing" no bis.

Corey Taylor, incansável vocalista de guturais poderosos, prometeu que a banda voltará ao Brasil em breve.

Festival

Com filas pequenas para caixas e banheiros, o Monsters of Rock tinha ainda diversos ambulantes vendendo comida e bebidas. Já o palco estava virado para o lado oposto ao que costuma estar na Arena Anhembi.

As tradicionais rodas não faltavam na frente do palco, mas mais para trás havia várias crianças acompanhadas dos pais - algumas bem pequenas.

Antes do Slipknot, o Korn fez um bom "show-esquenta", empolgando com hits antigos como "Here to Stay" e "Freak on a Leash". A apresentação ainda contou com participação especial de Derrick Green e Andreas Kisser, do Sepultura - com direito a um cover de "Roots Bloody Roots".

O Limp Bizkit já havia passado pelo palco, tocando, além de suas principais músicas, um cover de "Killing In The Name Of" do Rage Against The Machine. A banda iniciou o show por volta das 18h30, e logo na segunda música, já lançou o hit "Rollin'". A multidão de metaleiros que acompanham o festival na Arena Anhembi se empolgou com o new metal com influências de hip hop, embora tenha ficado passiva às músicas menos conhecidas do grupo.

Na metade da apresentação, a banda iniciou um cover de "Smells Like Teen Spirit", do Nirvana, mas após reação tímida da plateia, o vocalista Fred Durst interrompeu a música no meio. A banda tentou novamente, dessa vez com "Killing In The Name Of", e, com recepção bem mais animada por parte do público, tocou a canção até o final.

A banda terminou o show com as músicas "Take a Look Around", trilha sonora do filme "Missão Impossível", e "Break Stuff", do álbum "Significant Other", lançado em 1999. Antes de deixar o palco, Durst ainda dançou alguns segundos ao som de "Stayin' Alive", do BeeGes, arrancando risos do público.

Neste domingo (20), o festival continua, com Aerosmith e Whitesnake como as principais atrações.