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"U2 dá disco de graça porque ninguém quer comprar", critica Sharon Osbourne

Do UOL, em São Paulo

17/09/2014 09h19

“Songs of Innocence”, novo disco do U2, vem sendo criticado por alguns usuários da Apple, pelo modelo gratuito de distribuição. O que era para ser um presente, acabou irritando alguns dos 500 milhões de usuários do iTunes, que acharam invasivo receber o álbum automaticamente no iPhone, iPad ou iPod. Mulher e empresária de Ozzy Osbourne, Sharon Osbourne engrossou o coro dos descontentes, mas foi além.

“U2, vocês são magnatas dos negócios, não mais músicos. Não me admira ter que dar sua música medíocre de graça quando ninguém quer compra-la”, escreveu a ex-jurada do reality musical “The X-Factor”.

“Cara, nada é de graça, quanto vocês estão levando? P.S: a propósito, vocês são apenas um bando de groupies de políticos de meia idade”, escreveu. Em seguida, chamou a banda, o iTunes e Jimmy Lovine, produtor do U2 e dono da gravadora Interscope, de “megalomaníacos”. “Vão se f****!”, disse.

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Além dos usuários que, após reclamação nas redes sociais, ganharam auxílio da Apple para deletar o álbum com apenas um clique, a distribuição gratuita foi criticada pela Associação Britânica dos Varejistas de Entretenimento.

Segundo a "NME", a oferta desvaloriza a música, assim como a pirataria. “A promoção aliena a maioria das pessoas que não usam o iTunes e decepciona aqueles que preferem fazer compras em lojas físicas. Se uma das maiores bandas de rock do mundo está preparada para dar seu novo álbum de graça,  como podemos esperar que o público gaste US$ 20 por um álbum recém-lançado?”, questionou o presidente da associação, Paul Quirk, .


No dia de lançamento do disco, Bono afirmou, em nota, que o álbum é gratuito, “mas pago”. "Se ninguém pagar por isso, não temos certeza se a música gratuita é realmente gratuita. Geralmente existe um custo para a forma de arte e para o artista... o que tem grandes implicações, não para nós do U2, mas para o futuro da música... Todas as músicas que ainda não foram escritas pelos talentos do futuro... Que precisam ganhar a vida para escrevê-las", defendeu.