Faith no More volta ao Rock in Rio com show morno e "mosh" mal sucedido
Empolgado durante a apresentação do Faith No More na noite desta sexta-feira (25), no Palco Mundo do Rock in Rio 2015, o vocalista Mike Patton deu um mergulho em direção à plateia logo na terceira música, "Caffeine". O problema é que ele não calculou a distância, nem levou em consideração o fio do microfone, e caiu sobre a grade que separa o público do palco, precisando ser amparado pelos seguranças.
"Se a gente não abrisse e saísse da frente, ele ia cair em cima dos fotógrafos", contou Marco Antônio Teixeira, fotógrafo do UOL que registrava o início da apresentação. "Os seguranças logo o levantaram. Ele saiu amparado por eles, cambaleando e com o olhar perdido."
O salto em direção ao público (também conhecido como "mosh" ou "stage diving") mal calculado ajudou para o show morno que seguiu. Patton disfarçou, mas mancou em alguns momentos, o que deve ter colaborado para uma performance mais comedida. O som, até então impecável no Palco Mundo, estava mal equalizado, e fez cair a temperatura na plateia.
O público dessa sexta-feira atípica, quando a Cidade do Rock não completou nem metade da sua capacidade até o começo do show, recebeu a banda com certa apatia. Em dado momento, Patton perguntou se queriam ouvir mais uma música. O retorno veio apenas do gargarejo. Ele fez careta: "tem certeza?"
"Achei esse show meio frio. Não sei se é pelo público que veio ver Slipknot, mas o Mike também estava calmo demais, talvez pelo mosh. Já assisti a show do Faith no More e faltou energia aqui", comentou Gisele Honscha, 34. Já Gean Gauche, 41, admirador de ambas bandas, aprovou a apresentação, mas considerou: "Está mais calmo, acho que o pessoal está esperando mais o Slipknot".
A volta da revelação
Após saírem como revelação do Rock in Rio em 1991, o Faith no More fez seu retorno ao festival radicalmente diferente. Ao vê-los todos de branco e com guias, em um palco que mais parecia um terreiro decorado com flores, podia-se imaginar que a banda já não teria todo o vigor da juventude.
Antes da queda, "Motherfucker", do primeiro disco inédito em 18 anos, "Sol Invictus", lançado este ano, dissipou a dúvida ao mostrar a boa forma dos integrantes.
Apesar do vocalista repetir os xingamentos brasileiros ("caraleo" e "puta que pario"), entre outros agradecimentos em um portunhol enrolado, o público só foi esquentar quando a banda tocou hits como "Epic", "Midlife Crisis" e sua versão para "Easy", dos Commodores. Já "Superhero", do novo disco, e "Evidence", cantada em um português enrolado, passaram batidas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.