Alabama Shakes hipnotiza público do Lollapalooza com emoção do blues
Com o dia favorável para a catarse coletiva no Lollapalooza Brasil 2016, que começou com a mistura de fórmulas de Twenty One Pilots e a promessa do fechamento esvoaçante de Florence + the Machine, os norte-americanos do Alabama Shakes surpreenderam e arrastaram uma multidão ao palco Ônix --tão grande quanto o do Mumford and Sons no dia anterior. Certamente um dos grandes shows do festival deste ano.
A garoa fina e as nuvens fechadas até deram espaço para o sol, enquanto a plateia era hipnotizada pela emoção derramada em cada verso pela vocalista Brittany Howard. Ficou difícil até para a Florence Welch, responsável pelo show de encerramento do festival.
A presença de palco e a voz rascante própria de uma cantora de blues emocionou o público, mesmo com o curto tempo de apresentação --50 minutos. Com uma guitarra vermelha e um vestido longo estampado, ela é, ao mesmo tempo, Tina Turner e Chuck Berry. Uma intensidade poucas vezes vista no festival.
"Vocês sabem que, quando falamos que amamos vocês, é porque amamos vocês de verdade, certo?", disse a vocalista, com sorriso largo. "Vocês são um dos melhores públicos que já vimos". Essa é a segunda vez da banda no país --a primeira foi no Lollapalooza Brasil de 2013.
Referendado por quatro prêmios no Grammy 2016 pelo disco "Sound & Color" (2015), incluindo melhor álbum alternativo, e elogios da crítica, principalmente quando estão em cima de um palco, a banda fez uma apresentação mais suingada, graças à influência da soul music que permeia seu trabalho mais recente.
O som da banda ainda ganhou potência com a presença do trio de backing vocal e um tecladista convidado. "Dunes" e "Don't Wanna Fight", do novo repertório, e "Hang Loose", do primeiro disco, "Girls & Boys", provaram a popularidade de um som sem concessões.
Dos momentos delicados e minimalistas de Zac Cockrell (baixo), Heath Fogg (guitarra) e Steve Johnson (bateria), à explosão da cantora no final, com "Gimme All Your Love", a banda sopra ar novo no rock, cada vez mais raro em festivais como o Lollapalooza.
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