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Conversando em português, Slayer "estoura os tímpanos" no Maximus Festival

Felipe Branco Cruz

Do UOL, em São Paulo

13/05/2017 19h48

A julgar pelo número de camisetas pretas com o nome do Slayer, a banda foi uma das atrações mais esperadas do festival Maximus, que ocorreu neste sábado (13), no autódromo de Interlagos, em São Paulo. O grupo foi a penúltima banda a se apresentar e subiu no palco pouco minutos depois do pôr do sol.

O grupo de thrash metal, formado em 1981 nos Estados Unidos, trouxe ao Brasil a turnê de seu novo álbum "Repentless", faixa que abriu a apresentação, seguido do clássico "Disciple", de 2001. Como de costume, o baixista e vocalista chileno Tom Araya pouco falou com o público.

Mas foi simpático ao dizer em português: “E aí São Paulo”, e agradeceu ao público também em português. No palco, a ornamentação também era mínima, apenas com a arte da capa do novo disco, feita pelo brasileiro Marcelo Vasco.

Com quase 35 anos de carreira, o entrosamento do grupo é total, mesmo quando tocaram as faixas do novo álbum. E é claro, perfeito quando tocaram os clássicos “Fight Till Death”,  “South of Heaven”, “Raining Blood”, “Black Magic” e “Angel of Death”.

A apresentação foi, de uma maneira geral, seguida de pedrada atrás de pedrada, com o peso da bateria de Paul Bostaph e as duas guitarras de Kerry King e Gary Holt. Durante o show do Slayer, rolava em outro palco a apresentação do Rise Against.

Porém, sem medo de errar na contagem, visivelmente o show de Slayer foi o favorito. Se no Rock in Rio de 2013, uma das maiores reclamações foi o volume baixo da voz e das guitarras do Slayer, o mesmo não pode ser dito deste. Certamente, o volume fez jus ao que uma banda do naipe que o Slayer merece.

Mesmo quando alguém discretamente tampou o ouvido. Tom Araya certamente não viu a cena, mas se tivesse visto, teria ficado satisfeito.