MC Diguinho vai lançar versão "light" de funk acusado de incitar estupro
Após ter seu funk "Só Surubinha de Leve" excluído de todas as plataformas de streaming na quarta-feira (17), MC Diguinho anunciou que irá lançar uma versão "light" da música.
Hit do momento nos fluxos e pancadões, "Só Surubinha de Leve" causou forte reação nas redes sociais por sugerir, no verso principal da música, embriagar intencionalmente uma mulher para depois estuprá-la: "Taca a bebida, depois taca a pica e abandona na rua", diz a letra.
Em uma nota oficial divulgada em seu Twitter, o cantor comentou a reação à música e disse que "em respeito a tudo isso a música será lançada na versão light sem mais (sic)".
Ele ainda afirmou que "jamais iria denegrir a honra e a moral das mulheres".
Entenda o caso
Tão logo "Só Surubinha de Leve" alcançou o topo das músicas virais do Spotify, uma campanha começou a circular nas redes sociais, através de reclamações e abaixo-assinados, para que a música fosse excluída das plataformas.
Em um dos posts mais compartilhados no Facebook, a estudante de artes visuais Yasmin Formiga aparece com uma maquiagem simulando agressão e segurando nas mãos um cartaz com o verso da música de Diguinho.
O pedido foi atendido. Na tarde desta quarta-feira (17), "Só Surubinha de Leve" não estava mais disponível na Apple Store, Deezer e YouTube, onde um vídeo com o áudio oficial somava 14 milhões de visualizações desde seu lançamento, em dezembro passado. Versões não oficiais também foram retiradas da plataforma de vídeos. Procurado pelo UOL, o YouTube afirmou que não comenta "casos específicos".
No Spotify, onde a música de Diguinho alcançou maior destaque, o funk também foi excluído do catálogo. A Deezer se posicionou afirmando que está analisando outros conteúdos "para tomar as providências cabíveis".
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