Em novo álbum, Lisa Marie Presley se desliga do pai e aponta influência de Neil Young

Piya Sinha-Roy

Da Reuters, de Los Angeles

  • Reuters

    Lisa Marie Presley em Graceland (1/2/12)

    Lisa Marie Presley em Graceland (1/2/12)

Lisa Marie Presley, a "princesa do rock", conseguiu finalmente vencer a herança do seu pai, Elvis. Em "Storm and Grace", seu novo álbum lançado nesta semana, ela redescobre suas raízes norte-americanas, encontra uma voz própria e ocupa um nicho no cenário musical.
 
Presley, de 44 anos, filha única do "rei do rock", revela um evidente avanço desde seu disco de estreia, "To Whom It May Concern" (2003), e de "Now What" (2005), admitindo que se sentia mais vulnerável e rebelde nos primeiros trabalhos.
 
"Fiz algumas (músicas) bastante irritadas e defensivas, provavelmente antevendo o que se esperava de mim e lutando contra isso ... Havia muito de produção e de se esconder atrás das coisas, não realmente querendo me expor, porque eu tinha medo ou me sentia vulnerável demais", afirmou ela à Reuters.
 
"Uma vez que tirei isso do meu sistema, simplesmente fiquei mais tranquila e me acalmei. Nesse processo de compor este disco, encontrei uma cama melhor para mim, minha voz e minha composição deitarmos."
 
A divulgação dos seus álbuns anteriores estava voltada para a parada de sucessos Top 40, gênero com o qual ela diz nunca ter se identificado. Num arroubo, ela decidiu batizar seu álbum anti-pop de "Storm and Grace" ("Tempestade e Graça").
 
Em "So Long", ela dá "adeus (aos) amigos só das horas boas", num lugar onde "as igrejas não têm alma". Em "Un-Break", a voz sensual da cantora narra sua vida atribulada, e diz que foi "atropelada pelo próprio desfile, sufocada nas camas que fiz".
 
A alusão mais direta ao peso do sobrenome está em "Sticks and Stones", em que ela canta: "Que pena que ela não é igual ao papai ..., ela não tem talento próprio, só seu nome".
 
E, de fato, é difícil ignorar a presença do pai Elvis no álbum, a começar pela notável semelhança física com a filha. Mas Lisa nunca o cita nominalmente. "Ele realmente fez uma mudança incrível no mundo e contribuiu tanto que me deixa muito feliz e orgulhosa quando ele é reconhecido", afirmou a artista.
 
Ao falar das suas influências, ela não inclui Elvis, mas aponta cantores e compositores da década de 1970 como Dan Fogelberg, Gordon Lightfoot e Neil Young.
 
Lisa, criada entre a propriedade do pai, Graceland, no Tennesse, e Beverly Hills, na Califórnia, foi encontrar sua voz bem longe dos EUA, nos verdejantes subúrbios de Essex, na Grã-Bretanha. É que o álbum ganhou forma pelas mãos de produtores britânicos e do músico de country T-Bone Burnett, em Londres.
 
"Os britânicos tendem a admitir e respeitar a cultura e a tradição. (Eles adoram) o que há de incrível na música norte-americana, então naturalmente respeitam e admiram, e foi uma progressão natural."

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