Paul Simon comemora 25 anos do álbum "Graceland" com show em Londres
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Paul Simon faz show no Hyde Park, em Londres, para comemorar os 25 anos do álbum "Graceland" (15/7/12)
O cantor e compositor Paul Simon comemorou o 25º aniversário de seu álbum clássico "Graceland" com um espetáculo musical africano em Londres na noite de domingo, deixando para trás todas as lembranças remanescentes da polêmica sobre a sua criação na época do Apartheid na África do Sul.
Simon reuniu a banda original do "Graceland", liderada pelo guitarrista Ray Phiri, para o festival Hard Rock Calling e trouxe ainda o Ladysmith Black Mambazo, o grupo zulu acapella, canção original "Homeless" os levou à fama mundial.
Diversas outras estrelas ajudaram, incluindo Hugh Masekela, o lendário trompetista de jazz sul-africano, que foi exilado durante o Apartheid, e o rei do reggae Jimmy Cliff.
Enquanto a multidão no Hyde Park de Londres dançava, era difícil imaginar que tal música alegre no passado causou uma tempestade política.
Em 1985, Nelson Mandela ainda estava na prisão e o Apartheid, sistema de segregação racial do governo de minoria branca, mantinha a maioria negra da África do Sul sob controle acirrado.
Inspirado por uma fita de música local, Simon voou de Nova York a Johanesburgo para gravar faixas com músicos negros. Mas ao fazê-lo, ele violou um boicote cultural da Organização das Nações Unidas (ONU).
Quando "Graceland" foi lançado em 1986, atraiu a ira de muitos ativistas anti-Apartheid, incluindo o Congresso Nacional Africano. Críticos acusaram Simon de explorar os músicos e impulsionar o Apartheid do governo.
Mas o álbum vendeu milhões de cópias, chamou atenção dos fãs de rock ocidentais para a música da África do Sul e seus problemas, e reviveu sua carreira em decadência. Ele finalmente fez as pazes com o CNA, e a África do Sul se tornou uma nação livre e democrática com a eleição de Mandela como presidente em 1994.