Integrante da Pussy Riot vai para solitária após tensão com presas

Nastassia Astrasheuskaya

 A roqueira e ativista Maria Alyokhina, integrante da banda russa Pussy Riot, foi transferida para uma cela solitária, a pedido dela própria, por causa de tensões com outras detentas, disseram autoridades nesta sexta-feira (23).

Alyokhina, de 24 anos, cumpre dois anos de prisão por ter participado de um protesto contra o presidente Vladimir Putin numa catedral ortodoxa de Moscou. Ativistas disseram que o julgamento dela e de duas colegas de banda foi parte de um movimento governamental de repressão a dissidentes.

"Algumas tensões surgiram nos relacionamentos e, aparentemente, para evitar que essa situação se agrave, ela decidiu submeter uma solicitação à liderança da prisão, e eles a transferiram para uma cela solitária", disse uma porta-voz do serviço carcerário.

A porta-voz desmentiu relatos da imprensa russa de que Alyokhina teria tido atritos por questões religiosas com as colegas da prisão onde ela se encontra, a mais de mil quilômetros de Moscou.

Condenação
Nadezhda Tolokonnikova, 22 anos, Yekaterina Samutsevich, 30, e Maria Alyokhina, 24, foram condenadas em 17 de agosto a dois anos de prisão por "vandalismo" e "incitação ao ódio religioso".

Nadezhda e Maria foram sentenciadas a cumprir estes dois anos de prisão, enquanto Yekaterina teve a pena suspensa – porque foi expulsa da catedral por guardas antes que pudesse participar da performance.

As três cantaram em fevereiro na catedral de Cristo Salvador, perto do Kremlin, uma "oração punk" que pedia à Virgem a "expulsão" de Vladimir Putin do poder.

A "oração" do grupo Pussy Riot contra Vladimir Putin

 

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