Pai de Miley Cyrus, cantor country Billy Ray Cyrus lança autobiografia
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Divulgação
Billy Ray Cyrus
Depois de escrever o sucesso "Achy Breaky Heart", estrelar o programa da Disney Channel "Hannah Montana" e criar uma filha famosa, o cantor country e ator Billy Ray Cyrus se vê em uma encruzilhada.
Em seu livro de memórias "Hillbilly Heart", publicado esta semana, Cyrus escreve sobre sua infância em Kentucky, sobre o programa de TV junto com a filha Miley, que ficou no ar de 2006 a 2011 e a transformou em ídolo teen, e sobre como ainda tem sede de sucesso, apesar de ter saído dos holofotes.
Cyrus, de 51 anos, falou à Reuters sobre os desafios de criar Miley, seus erros e acertos, e o que ele desejava não ter incluído em seu novo livro.
Pergunta: Ao revisitar sua vida para este livro, você teve alguma revelação sobre sua jornada até agora?
Billy Ray Cyrus: A única coisa que ficou bastante óbvia é que eu tive uma vida muito louca. É interessante revisitar alguns desses armários que eu tinha fechado, trancado e jogado a chave fora intencionalmente porque era doloroso revisitar muitos desses lugares – especialmente a perda do meu amigo Robbie Tooley, o divórcio dos meus pais, algumas das coisas que eu passei na infância, muitas coisas que eu tranquei por um motivo, era doloroso. Mas, ao mesmo tempo, foi uma espécie de terapia.
Foi difícil equilibrar o quanto você queria incluir sobre Miley no seu livro?
Acho que teria sido difícil escrever minha história de vida sem falar dela. Mas, ao mesmo tempo, eu respeito a privacidade dela e a vida dela, o mundo e a vida dela são avaliados por todo mundo. Sou muito respeitoso com a privacidade dela, mas sim... acho que teria feito falta não tocar em alguns aspectos. Eu respeito que ela é jovem e só de ser jovem no mundo de hoje já é difícil. É difícil para uma jovem, e mais ainda ser famosa e viver sua vida sob os holofotes.
Você abordou as controvérsias que você e sua mulher, Tish, enfrentaram sobre Miley, seja o ensaio da "Vanity Fair" (mostrando-a apenas com um lençol aos 15 anos) ou o vídeo dela fumando em um bongo. Foi difícil refletir sobre isso?
Eu não apontei o dedo. A primeira coisa que eu faço (no livro) é apontar o dedo mais para mim e dizer: aprender pelos meus erros. Eu não sou uma pessoa perfeita, portanto, não estou em posição de dizer a ninguém como ser perfeito. Não sou um pai perfeito e este livro não é sobre como ser perfeito em tudo.
Por que escolheu escrever o livro agora?
Eu estou com sede de propósito. Estou procurando ainda pelo motivo que me fez comprar uma guitarra e começar uma banda, para cumprir um propósito, para manifestar o destino sobre quem eu sou e porque eu sou como sou. Acho que ainda tem a ver com a música, a canção e a história.
Você fala como se estivesse em uma encruzilhada...
Encruzilhada - isso é o mais preciso... Eu estou sedento, tenho a oportunidade de aprender mais com isto do que qualquer um... Estou em uma encruzilhada. Não estou inteiramente certo do que o futuro nos reserva... Estou em uma encruzilhada, mas é um pouco diferente das encruzilhadas em que estive antes, porque agora eu faço o que faço porque eu amo, e faço o que eu faço por pura paixão.
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