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29/10/2010 - 10h00

"É fácil escrever sobre coisas que vêm do coração", diz cantora Corinne Bailey Rae

FLÁVIO SEIXLACK
Da Redação
  • Corinne Bailey Rae se apresenta no festival Latitude, no interior da Inglaterra (17/07/2010)

    Corinne Bailey Rae se apresenta no festival Latitude, no interior da Inglaterra (17/07/2010)

Na próxima semana, a britânica Corinne Bailey Rae chega ao Brasil pela primeira vez em sua carreira para duas apresentações. A cantora e guitarrista toca em São Paulo (Via Funchal) na quinta (4) e no Rio de Janeiro (HSBC Arena) na sexta (6).

Corinne vem ao país para divulgar seu álbum mais recente --que saiu no começo de 2010 após um hiato de quase dois anos por conta de morte de seu marido, o músico Jason Rae--, "The Sea". Apesar de ter apenas dois discos lançados, a cantora tem um currículo que inclui colaborações com nomes como Herbie Hancock, troféus em premiações como Mojo, Q, Soul and Jazz e ASCAP, além de indicações ao Grammy e Brit Awards.  

Uma das boas revelações da soul music dos últimos tempos, a britânica também costuma adicionar na mistura gêneros como jazz, folk e r&b de forma natural, com resultados que vem agradando tanto a crítica quanto ao público. Enquanto o trabalho mais recente vendeu até o momento 120 mil cópias ao redor do mundo, seu disco de estreia alcançou a marca de 4 milhões de exemplares vendidos.

Em entrevista por telefone, a cantora falou ao UOL Música sobre seu novo trabalho, a importância de escrever letras pessoais e deu pistas de artistas com quem gostaria de trabalhar no futuro.

UOL Música - Esta será sua primeira vez no Brasil. Qual é a sensação?
Corinne Bailey Rae -
Estou muito empolgada, nunca estive aí nem para visitar. Estou bem feliz de poder ir agora, acho que vai ser ótimo e mal posso esperar para tocar. Vou misturar músicas dos meus dois primeiros discos. Também quero ver quem vai estar na plateia.

UOL Música - Você lançou "The Sea" em 2010. Que importância tem esse disco na sua carreira e na sua vida?
Corinne Bailey Rae -
Acho que tem muita importância para a minha carreira. Foi a primeira vez em que produzi um álbum. É muito bom poder pensar nos músicos, na instrumentação e nos arranjos. Também foi a primeira vez em que me sentei e compus todas as músicas por conta própria. Há a influência de algumas pessoas em uma ou outra canção, mas a maioria delas eu fiz sozinha. É ótimo poder me expressar assim, com tamanha liberdade. É sempre bom poder voltar com um álbum e fazer uma turnê pelo mundo. Poder continuar a fazer música significa muito pra mim, eu sempre quero poder fazer músicas. Pessoalmente, foi um novo tipo de disco para mim. Acho que é mais engajado, mais político, um disco em que escrevi sobre assuntos mais abrangentes. Acho que ganhei confiança para fazer minha própria música e desenvolver meu estilo. Quis que esse disco soasse mais barulhento, caótico e pesado do que o primeiro, então fiquei feliz que este pode ser um trabalho emocional e pessoal e ao mesmo tempo bem divertido.

UOL Música - Qual é a dificuldade em tratar de assuntos pessoais em suas letras?
Corinne Bailey Rae -
Quando faço as músicas, acho fácil escrever coisas que são sinceras, sinto como se fosse uma coisa natural para mim, falar sobre minhas experiências, sobre coisas que vêm do coração. É algo importante para mim e que gosto de fazer. É muito mais difícil ter seu trabalho analisado. Acho que quando você compõe, você controla o que quer dizer, o que quer revelar. É importante escrever músicas que são sinceras.

UOL Música - Seus discos têm vendido bem, você já ganhou alguns prêmios e os críticos geralmente gostam do seu trabalho. Como é ter reconhecimento de lugares distintos?
Corinne Bailey Rae -
Acho ótimo, amo o fato de poder fazer shows em vários lugares do mundo. Tem sido ótimo ter críticos que gostam do álbum e, claro, é importante ter pessoas que se conectam com meu trabalho, não apenas gente falando sobre ele. É bom ver pessoas que queiram, de fato, ouvir os discos em casa ou até ir a um show. Definitivamente significa muito ter esse apoio de todos esses lugares.

UOL Música - Você já colaborou com alguns artistas, incluindo nomes como Herbie Hancock. No futuro, tem alguém em mente que gostaria de propor uma colaboração?
Corinne Bailey Rae -
Acho que não tenho nenhum nome específico. Definitivamente amo trabalhar com outros músicos, ouvir outras pessoas. Quando vou a um festival procuro ver shows de outros artistas, pois antes de qualquer coisa sou uma fã de música. Tive sorte em poder trabalhar com Ahmir [Questlove], do Roots, nesse disco. Gostaria de trabalhar com ele de novo. Amo as produções do Jack White, acho ele um grande produtor. Também faria algo com o Prince, pois ele é incrível. E adoraria trabalhar com Stevie Wonder. Há muita gente que admiro mas, para mim, uma colaboração tem que nascer de algum tipo de relação, talvez descobrir que essa pessoa já ouviu seu trabalho e quer fazer algo com você, por exemplo. Estou aberta a todas essas coisas que estão acontecendo na minha vida, naturalmente.


 CORINNE BAILEY RAE EM SP

Quando:
04/11, a partir das 21h30
Onde: Via Funchal (Rua Funchal, 65)
Quanto: R$ 600 (plateia vip e camarote), R$ 400 (plateia premium), R$ 300 (plateia 1), R$ 250 (plateia 2 e mezanino central) e R$ 150 (mezanino central); há meia-entrada para todos os setores
Ingressos: pelo site viafunchal.com.br e nos pontos de venda cadastrados

CORINNE BAILEY RAE NO RJ

Quando:
06/11, a partir das 21h30
Onde: HSBC Arena (Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 3401, Barra da Tijuca)
Quanto: R$ 480 (mesa premier A e B), R$ 380 (mesa premier), R$ 240 (mesa pista), R$ 200 (cadeira nível 1), R$ 380 (camarotes); há meia-entrada para todos os setores
Ingressos: pelo site ingressorapido.com.br e nos pontos de venda cadastrados

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