Depois dos shows coloridos de Of Montreal e Mika, o palco principal do Planeta Terra recebeu um tom mais sóbrio quando os franceses do Phoenix entraram em cena. E se os conterrâneos do Daft Punk não apareceram para o show, como era especulado deste a sexta-feira (19) a participação da dupla que está em São Paulo, o vocalista Thomas Mars interagiu com o público da forma mais direta: em cima deles.
A última vez que o Phoenix esteve no Brasil, como atração do festival Nokia Trends 2007, não deixou por aqui sua melhor impressão, entre a falta de entrosamento dos integrantes ao pouco reconhecimento do público. De lá para cá, um "Wolfgang Amadeus Phoenix" entrou na discografia da banda e lançou ao mundo pop pérolas como "1901", "Lasso" e o hit das danceterias "Lisztomania", que abriu esta apresentação dos franceses.
A diferença daquele Phoenix de três anos atrás para este é a segurança que ganharam nos palcos pelo mundo e na turnê impulsionada pelo bom disco. Ainda assim, o show do Phoenix foi apenas regular, entre altos e baixos, quando o grupo diminuiu os ânimos com a sequência "Girlfriend", "Armistice" e "Love Like a Sunset" no meio do repertório. Além das músicas mais recentes, a banda lembrou seus melhores momentos de outros tempos em "Long Distance Call", "Consolation Prizes" e "If I Ever Feel Better".
No final do show, Thomas desceu do palco com um cordão alaranjado nas mãos e, com ele, nadou por cima das pessoas. O vocalista foi até o meio do público, subiu em uma plataforma, acenou e voltou para o palco do mesmo jeito, rolando por cima da plateia.
O palco principal do Planeta Terra recebe na sequência Pavement e, logo após, Smashing Pumpkins. (MARIANA TRAMONTINA)