Aconteceu na última sexta (12) e sábado, o festival de música Campari Rock, em São Paulo, que reuniu cerca de 4.000 pessoas em dois dias de programação com algumas das bandas de rock independentes mais expressivas da atualidade.
Como destaques de sua programação, o evento teve a dupla anglo-americana The Kills, a dupla de DJs escoceses Optimo, os franceses do Berg Sans Nipple, os roqueiros cariocas do Autoramas e o septeto pop paulista Cansei de Ser Sexy (CSS). O festival teve ainda espaço para duas bandas veteranas de peso, as pós-punks brasileiras de As Mercenárias e os precursores americanos do punk rock MC5.
O evento aconteceu na Fábrica da Lapa, um galpão na Zona Oeste de São Paulo, e contou ainda com apresentações do Jumbo Elektro, Objeto Amarelo, Daniel Belleza & os Corações em Fúria e Los Pirata, entre outros.
No primeira noite, como era de se esperar, o auge da animação (e de lotação) no local aconteceu ao redor da 1h30, no show do The Kills, um dos mais aguardados de toda a escalação do festival. Cerca de 1.500 pessoas assistiram à apresentação da dupla formada pelo guitarrista inglês Jamie Hince (Hotel) e a vocalista americana Alison Mosshart (V V).
A noite começou ao redor das 20 horas, com uma apresentação do DJ José Roberto Mahr (que também tocou entre uma apresentação e outra, enquanto o palco era preparado), e terminou às 5h, com a discotecagem da dupla escocesa Optimo.
Coincidentemente, aliás, a primeira noite foi pródiga em duplas: além do Optimo e do Kills, apresentaram-se os franceses do Berg Sans Nipple, que abriram o festival com seu pós-rock cheio de dinâmicas e rico em percussão. Na contra-corrente da contenção no número de integrantes, a última banda a se apresentar no dia (antes dos DJs do Optimo) foi o Cansei de Ser Sexy, com seus sete integrantes.
No sábado, o destaque ficou por conta do grupo de Detroit MC5, que fechou o Campari Rock com o show mais longo do festival --mais de uma hora e meia de duração--, com direito a duas voltas para bis e "mosh" (mergulho na platéia) do vocalista convidado Mark Arm.
A banda, uma das precursoras do punk, nos anos 60, ao lado de Stooges e Velvet Underground, fez a platéia pular até as 4h da madrugada de sábado para domingo.
Outro destaque da noite foi o show do grupo As Mercenárias, que, de volta à ativa desde o início deste ano, apresentou sucessos de carreira, como "Pânico" e "Polícia", além de músicas menos conhecidas, que a banda costumava apenas tocar em shows e que não estão registradas em seus dois únicos discos, "Cadê as Armas", de 84, e "Trashland", de 88.
Outros bons shows da segunda e última noite do festival ficaram por conta do rock retrô do Autoramas, com suas "coreografias" de guitarra e baixo, e o rock "portunhol" do Los Pirata.
Veja abaixo a lista de atrações que se apresentaram no evento. Clique sobre os nomes para saber mais sobre cada artista.
Sexta-feira (12)
DJ José Roberto Mahr
Freakplasma
Berg Sans Nipple
Jumbo Elektro
Apside
The Kills
Optimo
Cansei de Ser Sexy
Sábado (13)
DJ Paulão (Garagem)
Objeto Amarelo
Daniel Belleza & Os Corações em Fúria
Muzzarelas
Autoramas
Dungen
Irmãos Rocha!
Los Pirata
Mercenárias
Forgotten Boys
MC5