Integrante do Pussy Riot em greve de fome é internada

Uma das integrantes do grupo de rock Pussy Riot, Nadejda Tolokonnikova, que está em greve de fome, foi transferida neste domingo (29) da prisão ara o hospital, informaram fontes hospitalares.
"Os médicos já estão cuidando dela", declarou Serguei Shalin, chefe do hospital Nº21 situado em Barashevo, em Mordóvia (600 km a leste de Moscou), onde a Pussy Riot se declarou há uma semana em greve de fome para protestar contra as ameaças que disse ter recebido na prisão.
Tolokonnikova se declarou na segunda-feira em greve em protesto contra as ameaças que diz estar recebendo na prisão depois de denunciar suas condições de encarceramento.
Piotr Verzilov, o marido da cantora, assegurou que os internos e empregados da prisão confirmaram que Tolokonnikova foi transferida para o hospital.
Neste domingo, Verzilov publicou uma carta aberta dirigia do chefe do Serviço Federal para a Execução de Penas, queixando-se que Tolokonnikova ficou incomunicável por mais de 60 horas.
Na sexta, a Pussy Riot já havia sido transferida para a enfermaria da prisão devido a seu estado de saúde.
Nadejda Tolokonnikova, uma das integrantes detidas do grupo de punk rock russo Pussy Riot, atualmente em greve de fome, afirmou que autoridades da colônia penitenciária a privaram de água, fazendo uso da força, em uma carta divulgada nesta sexta-feira.
Em uma carta transmitida por seu marido, a jovem de 23 anos, que tem uma filha de cinco anos, indicou que duas funcionárias do campo de trabalhos forçados para mulheres Nº 14 de Mordóvia (600 km a leste de Moscou), acompanhadas por uma prisioneira, entraram na cela onde estava incomunicável desde o início desta semana para confiscar todas as suas garrafas de água.
"A oficial Vadim Nikolaevich pegou minhas mãos, exercendo uma pressão dolorosa sobre meus ombros e impedindo que me movesse. Enquanto isso, a presa Nevecheria levou toda a minha água potável", escreveu.
"Sem água, uma pessoa morre em poucos dias quando está em greve de fome", acrescentou.
O serviço russo de aplicação de penas desmentiu estas acusações.
Nadejda Tolokonnikova cumpre uma pena de dois anos por ter participado em 2012 de uma oração punk contra o presidente russo Vladimir Putin, cantada na catedral de Moscou.
Ela e as outras integrantes do grupo, Maria Alejina e Ekaterina Samutsevich, na oração punk pediam, em plena Catedral de Cristo Salvador de Moscou, que a Virgem "expulsasse Putin do poder".
As três foram condenadas a dois anos por "vandalismo" e "incitação ao ódio religioso".
Ekaterina Samutsevich obteve a liberdade condicional em outubro de 2012, enquanto Alejina e Tolokonnikova devem ser libertadas em março.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.