Capital da música ao vivo, Austin é democrática em gêneros e pede que se mantenha "estranha"

Austin, capital da música ao vivo. É isso o que diz a pintura em um muro da rua 6 da capital texana, onde estão as principais casas da cidade que concentram toda a movimentação do festival South by Southwest. Rock, pop, hip hop, punk, blues, folk ou country, não importa o estilo, a intenção é não deixar o silêncio pairar no ar. Afinal, Austin respira música antes, durante e depois do evento.

A cidade musical faz questão de ser apresentada assim. Ao chegar no aeroporto de Austin, os passageiros já são recepcionados por oito guitarras gigantes expostas na esteira de bagagens. E entre um viajante e o outro, são os músicos que se destacam no desembarque carregando seus instrumentos. Como o baixista Corey Cofield, de Los Angeles, que chegou na cidade para tocar no SXSW com a cantora Vonyse.

"É fantástico o que acontece por aqui. A gente vê pessoas de gostos e preferências diferentes se divertindo no show, dançando e algumas até cantando as músicas", diz ele, referindo-se às canções do disco "When Sleeping Giants Awake" (2008). "É demais, muita gente, muita cultura misturada, é uma experiência única", completa Cofield, que estará no Brasil em agosto para tocar com a ex-RBD Anahí em sua nova turnê.

Mais do que um tradicional território de música country, o Texas de Buddy Holly, Janis Joplin e Roy Orbison também é relembrado em cada portinha que se abre para receber uma banda. Democrático, o evento coloca lado a lado norte-americanos, brasileiros, ingleses, argentinos, japoneses ou nigerianos, oferecendo um cardápio generoso de opções para se ver e ouvir, resultando no famoso slogan da cidade: "Mantenha Austin Estranha" (em inglês, "Keep Austin Weird").