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No Lollapalooza, Imagine Dragons arrasta multidão e anuncia "descanso"

Tiago Dias

Do UOL, em São Paulo

05/04/2014 17h37

Uma das bandas mais esperadas deste sábado (5) no Lollapalooza Brasil, o Imagine Dragons deu uma notícia inesperada à multidão que assistia ao show no Palco Ônix no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. "Este é o último show nosso por algum tempo, e não tinha lugar melhor para encerrar essa turnê", disse o vocalista Dan Reynolds no palco, anunciando que o grupo sairá de cena para um descanso.

A atual turnê do Imagine Dragons --que promove o primeiro e único álbum da banda, "Night Visions" (2009)-- começou em outubro de 2009 em Los Angeles. Desde então o grupo tem viajado por quase todos os continentes (menos Ásia) para se apresentar, embalados principalmente pelo mega hit "Radioactive".

Com o sucesso em loop das rádios, o Imagine Dragons subiu ao palco do Lollapalooza 2014, que acontece no Autódromo de Interlagos, já com jogo ganho. Sem nervosismo e incentivando a histeria dos fãs, a banda nem mostra que tem pouco tempo de vida. Não é para poucos. O quarteto de Las Vegas precisou apenas de um disco para conquistar um grupo de fãs jovens a procura de novidades, um refrão grudento para se esgoelar e uma banda com muita energia no palco. 

Multidão em histeria

A banda conseguiu a proeza de reunir uma verdadeira multidão no palco Onix, que ganhou mais massa com o fim do show do Julian Casablancas no palco ao lado. O local quase ficou inacessível com a quantidade de pessoas que batiam palmas e cantavam canções como “Demons” e "It's Time" com empolgação. Quem ficou distante do palco reclamou do som, que sofria interferência com o vento.

Assim como bandas vindas do indie rock, como Killers e Foo Fighters, o Imagine Dragons caminha para se tornar um grupo de arena. O próprio vocalista Dan Reynolds ficou por um tempo observando a volumosa plateia, como se não tivesse esperando tamanho sucesso no país.  “Brasil, muito obrigado", agradeceu muitas vezes, propondo um brinde "às coisas boas da vida". “Quando dissemos que vínhamos ao Brasil, falaram que vocês eram demais".

Dan é carismático. Ganhou gritinho da plateia feminina e dançou ao som de bons riffs e da percussão --que dá ao som da banda um aditivo para o público dançar mais e personalidade para não cair no buraco de tantas outras bandas da mesma seara. Dan deu a dica de onde vem a inspiração. “Vamos tocar uma música da nossa banda favorita de todo o mundo”, disse antes da versão de “Song 2”, dos britânicos do Blur. O Imagine, no entanto, ainda não tem o estofo dos ídolos e, pelo menos por enquanto, investe em melodias que crescem e letras good vibes. Tudo fácil e assobiável.

O grande sucesso “Radioactive” -- prova dessa levada -- ficou para o final. Com os integrantes esmurrando o grande bumbo no centro do palco, a canção fez com que o Autódromo virasse um tapete de pessoas, a pular e a cantar com os olhos fechados em um verdadeiro ritual.

Enquanto tentava explicar para a mãe que a banda, na verdade, não se chamava Radioactive, Gabriel Conto, 13, cantava junto com a banda. “É um som bem diferente, tem a questão da percussão. Gosto de verdade”.

“É difícil uma banda misturar tanto e ainda ficar bom. Tem uma coisa que me prende a eles de maneira diferente ", disse a carioca Talita Soares,  20, afobada, já correndo com a multidão para o show da Lorde.

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