Público no Lollapalooza reclama de vias estreitas e distância no Autódromo
De casa nova, o festival Lollapalooza 2014 ganhou mais espaço e mais público ao sair do Jockey Club de São Paulo, onde foi realizado por duas edições, e chegar ao Autódromo de Interlagos. Mas as 80 mil pessoas que passaram pelo evento neste sábado (5) sofreram com a locomoção.
Já era de se esperar que o público andaria mais de um palco para o outro no terreno em desnível do Autódromo. A estratégia foi espalhar as atrações para não haver conflito de som, mas o problema relatado pelos espectadores foi de passagens e vias de acesso estreitas, sem possíveis atalhos para cortar caminho.
Do palco Skol para o Interlagos, que tinham a menor distância com apenas 250 metros, o público precisou andar por um trajeto de 30 minutos. "Não tem como andar", reclamava Quemily Ketemey, de 17 anos. "Amanhã vamos precisar chegar mais cedo e se programar melhor", previniu-se.
O amigo Felipe Mogiano, 18, contou que também levou meia hora para sair do show do Phoenix e chegar ao local da apresentação da cantora Lorde. "Na TV Globo falava que o trajeto seria feito em dez minutos", desapontou-se. Os amigos vieram de Cuiabá para São Paulo e sofreram já na fila para entrar no festival. "Levou 1h30 para a fila andar. Nos perdemos no metrô. Foi caótico".
Os shows do Imagine Dragons e Lorde tiveram lotação máxima nos palcos Onix e Interlagos, respectivamente. Uma multidão se espremeu para assistir ao quarteto de Las Vegas e levou mais de 30 minutos para conseguir sair do espaço. O problema aconteceu por falta de vazão de público. As grades e os guard rails da pista do Autódromo forçavam o público a passar por apenas uma saída.
No show de Lorde, o sufoco foi maior. "Cheguei e o show já estava para acabar. Não conseguíamos chegar", relatou Beatriz Reis, 17. Na hora da saída, houve empurra-empurra e tumulto com algumas pessoas gritando. "Quase morri. Foi horrível. Me empurraram, estava todo mundo querendo sair ao mesmo tempo. Sem contar a fila do banheiro".
Com maior número de banheiros e postos de comidas e bebidas, o UOL observou que as filas estavam menores e concentradas em apenas alguns pontos.
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