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Robin Thicke e Pharrell pedem novo julgamento para caso de plágio

Capa do disco "Blurred Lines" (2014), de Robin Thicke - Divulgação
Capa do disco "Blurred Lines" (2014), de Robin Thicke Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

18/03/2015 13h37

Os advogados que representam Robin Thicke e Pharrell Williams no caso de plágio da música "Blurred Lines", no qual foram condenados no dia 11, entraram com um pedido solicitando um novo julgamento.

De acordo com os advogados, o veredito do julgamento, em que os músicos foram considerados culpados de plagiar a música "Got to Give Up" (1977), de Marvin Gaye, é "inconsistente". Eles foram condenados a pagar US$ 7,4 milhões.

A família de Marvin Gaye também está se mobilizando, tentando impedir a comercialização de "Blurred Lines". Eles afirma que cada dia que a música é vendida causa "danos irreparáveis" à família.

Processo

A família de Marvin Gaye processou Thicke e Williams por violação de direitos autorais na música "Blurred Lines", que teria sido copiada de "Got to Give Up".

Os músicos, no entanto, negaram terem copiado a música. A canção fez muito sucesso em 2013, sendo considerada como uma das músicas do ano. Durante o julgamento, as linhas do baixo foram ouvidas justapostas, e Williams admitiu semelhanças. "Parece que você está tocando a mesma coisa", disse.

De acordo com reportagem publicada no site da revista "THR", o veredicto foi dado após um julgamento que durou oito dias. O juri foi composto por cinco mulheres e três homens. Os jurados decidiram também que a violação dos direitos autorais não foi intencional. O advogado da família Gaye, Richard Busch, destacou que está tentando uma liminar para parar a venda e a distribuição da música.

O julgamento do caso de plágio, aliás, fez a música de Marvin Gaye voltar a ter destaque comercial. Segundo a Nielsen SoundScan, que auditora a comercialização de música nos Estados Unidos, as vendas de "Got to Give It Up" subiram 85% após o início do julgamento.

A família de Gaye estuda ainda se vai processar Pharrell pela canção "Happy", que acreditam ter muitas similaridades com outra música, "Ain't That Peculiar". "Não vou mentir. Eu acho que elas são parecidas", disse Nona Gaye, 40 anos, filha de Marvin.