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Carisma e grandes canções salvam show de Elton John da repetição

Tiago Dias

Do UOL, no Rio

20/09/2015 23h08

No dia que Rod Stewart fecha o primeiro fim de semana do Rock in Rio, Elton John fez um show de quase duas horas e com direito a bis, privilégio que o público só tem com os headliners. A iniciativa talvez seja uma maneira do festival de se redimir do show em 2011, quando Elton tocou para um público minguado que esperava Rihanna.

O cantor, inclusive, apresentou um repertório muito semelhante a 2011 e, mais uma vez, sem nenhuma novidade. Sua banda, embora competente, é muito clássica e apenas repete os arranjos originais. Algo que acontece de maneira muito mais engessada com Roberto Carlos no Brasil. Até mesmo o telão trazia imagens aleatórias, sem nenhuma ligação com as canções.

Por muito menos, o público do Rock in Rio já teria dispersado, mas nada disso tirou o brilho de Svarosvki do terno azul de Elton. 

O britânico não apenas encheu seu setlist de grandes e irreprensíveis canções, como deu um banho de carisma. Logo que subiu ao palco, deu seu recado: "The Bitch Is Back" (em tradução livre, "a vadia está de volta"). O "capitão fantástico", como dizia a inscrição na roupa, em referência ao álbum "Captain Fantastic and the Brown Dirt Cowboy" (1975), sentou no piano e se voltava para o público ao fim de cada música. "C'mon", dizia todo momento, fora do microfone, pedindo mais apalusos.

"Bennie and the Jets", "Goodbye Yellow Brick Road" e "I'm Still Standing" foram recebidas com ovação pela plateia fiel, que lotou o palco principal até o fim.

Mas se "Rocket Man" e "Levon" ganharam energia e longos solos do cantor ao piano Já outros sucessos, como "Tiny Dancer" e "Candle in the Wind" foram apresentadas em versões mornas demais para a sua grandeza.