Miami quer impedir festival de música eletrônica depois de mulher se ferir

Zachary Fagenson

De Miami (EUA)

  • Gastón De Cárdenas/EFE

    Público assiste a apresentação do Festival Ultra Music, em Miami

    Público assiste a apresentação do Festival Ultra Music, em Miami

Políticos de Miami estão pedindo o fim do festival de música eletrônica Ultra depois que uma segurança foi pisoteada e levada ao hospital com lesões cerebrais durante invasão de "penetras" no evento de três dias através de uma cerca de segurança.

A mulher de 28 anos, que trabalha para uma empresa de segurança, continuava em estado crítico nesta segunda-feira (31), de acordo com o porta-voz da polícia de Miami, Freddie Cruz.

"Acho que não deveríamos ter o Ultra aqui no ano que vem", disse o prefeito Tomás Regalado ao jornal Miami Herald no fim de semana. "Não queremos ser vistos como a cidade do caos".

Ele disse que os organizadores do festival "agiram irresponsavelmente" por não fornecerem proteção suficiente ao Bayfront Park, no centro de Miami.

Mais de 160 mil pessoas compareceram ao evento, agora em seu 16º ano, segundo Alexandra Greenberg, porta-voz do Ultra. A polícia prendeu 84 pessoas e realizou mais de 150 socorros.

"Os coordenadores do evento estão cooperando plenamente com as autoridades investigativas", disse Greenberg.

No festival do ano passado, uma mulher de 20 anos morreu de overdose de droga. Festivais de música eletrônica de todo o país vem sendo objeto de atenção crescente nos últimos anos.

Em 2010, Los Angeles forçou o Insomniac Events' Electric Daisy Carnival (EDC) a se mudar para Las Vegas depois que uma garota de 15 anos teve uma overdose de MDMA, estimulante popular conhecido como ecstasy ou "Molly".

Em 2013, o EDC atraiu 345 mil pessoas ao Las Vegas Motor Speedway para uma noitada de dance music estrelada pelos famosos DJs Tiesto, Avicii e Armin Van Buuren.

O prefeito de Miami e um comissário dizem que planejam introduzir uma resolução para impedir que o Ultra receba permissão para realizar o evento no centro da cidade no ano que vem.

"Cerca de 77 mil pessoas estão em um lugar que só tem uma entrada e uma saída", disse o comissário Marc Sarnoff, afirmando ainda que o uso de drogas no festival e o som ensurdecedor estão atrapalhando o sono dos moradores. "Eles têm que ir embora no fim de semana se quiserem dormir".

"Ninguém coloca nada dessa natureza no centro da sua cidade", acrescentou.

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