Gravadora: CID
24/07/2003
BEZERRA DA SILVA
Meu Bom Juiz
Se malandro é malandro, o bom e velho Bezerra nunca deixou de ser um. Em "Meu Bom Juiz", 28º disco de sua carreira e o segundo ao vivo, o sambista canta seus clássicos sobre a realidade do morro, não abandonando o tradicional espírito "samba de mesa de bar". Interpretando composições de nomes como Adezonilton, Beto Sem Braço e Netinho do Arrastão, Bezerra fala sobre rodas de fumo, tráfico, legalização da maconha (como em "A Semente", "Garrafada do Norte" - junto de Marcelo D2 -, "Produto Importado" e "A Fumaça Já Subiu pra Cuca"), briga de bar ("O Malandro Era Forte") e sobre a realidade brasileira ("Trem do Futuro" e "Parabéns Meu Brasil") - nunca deixando de relatar apuros passados com a polícia, que justificam o nome ao disco. Música para cima, com clima de boteco, animada e com um bom humor difícil de encontrar nos dias de hoje. (AO)