Onde estou?
Depois de nove anos de silêncio, que incluíram contratempos contratuais com a gravadora Atlantic Records e uma separação em 2003, o Stone Temple Pilots lança seu sétimo álbum --que leva o nome da banda-- para representar seus 18 anos de carreira em uma nova fase.
Mixado e produzido por Chris Lorde-Age, que já trabalhou com Green Day e My Chemical Romance, o álbum tem 12 faixas. Todas as letras foram escritas pelo vocalista Scott Weiland, que disse em entrevistas ter aproveitado seu tempo para estudar composições de Leonard Cohen e Bob Dylan e se redescobrir em uma nova forma de escrever contando histórias.
O trabalho foi gravado durante pausas na agenda da banda e demorou 10 meses para ser finalizado. Enquanto a banda gravou nos estúdios dos produtores, Weiland preferiu gravar os vocais em seu próprio estúdio.
"Stone Temple Pilots", com uma sequência linear, sem grandes baladas ou hits, tem influências declaradas no country e rock nos anos 60 e 70, além do tom pop e psicodélico característico da banda.
"Between the Lines", o primeiro single do álbum, abre a seleção, e segundo o baixista Robert DeLeo, em entrevista à revista "Spin", é influênciada por The Animals, The Zombies e Joy Division.
As gravações foram feitas com guitarras Gibson e Telecaster e uma variedade de amplificadores para dar um ar mais vintage. "Take a Load Off" traz um pouco do ar grunge presente na banda, enquanto "Hickory Dichotomy" já revela um pouco da influência de Bob Dylan, apesar do riff lembrar "Old Same Song and Dance", do álbum "Get Your Wings" de 1974, do Aerosmith.
"Dare If You Dare", "Cinnaman" e "First Kiss on Mars" mostram o lado calmo do álbum e funcionam mais como baladas. "Bagman" tem a dose country enquanto "Peacoat" e "Fast As I Can" usam a fórmula da banda de misturar frases mais agitadas com os refrões mais melódicos. "Maver" encerra o álbum revezando solos de guitarra e piano.
A arte da capa foi feita pelo ilustrador Shepard Fairey "Obey", que criou o icônico cartaz "Hope" de Barack Obama e a capa de "Mothership", do Led Zeppelin. (ESTEFANI MEDEIROS)